Filhos

Escola de princesas treina meninas para o matrimônio

Por Redação Doutíssima 31/10/2015

Você já ouviu falar na escola de princesas? Ela promete ensinar às pequenas uma série de questões relacionadas a valores e princípios, ajudando-as a se tornarem – ao menos em comportamento – como as princesas de contos infantis. Essa forma de ensino ganhou notoriedade recentemente em razão de uma polêmica ocorrida em Belo Horizonte, Minas Gerais.

 

Como funciona a escola de princesas?

Essa forma de ensino atualmente é voltada para meninas de 4 a 15 anos de idade. Elas podem realizar um curso intensivo de apenas um dia ou então um outro mais longo, de aproximadamente três meses.

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Método de ensino que gerou polêmica é voltado para meninas de 4 a 15 anos. Foto: iStock, Getty Images

 

Nesse curso mais extenso as crianças são divididas em turmas conforme sua idade – 4 a 6 anos, 7 a 9 anos, 10 a 12 anos e 13 a 15 anos. A escola de princesas promete trabalhar com as garotas diversas questões – identificadas como as características de uma princesa –, sempre considerando o nível de desenvolvimento de cada uma delas.

 

O módulo “Identidade de Princesa” aborda a autoestima e o caráter das meninas, enquanto em “Relacionamentos de Princesa” ressalta-se a importância e como mantê-los de forma saudável. Além disso, em “Etiqueta de Princesa” são ensinadas regras de comportamentos para que as meninas adquiram confiança para enfrentar as mais diversas situações.

 

Por outro lado, há ainda os módulos “Estética de Princesa” – que promete ensinar a como causar uma boa impressão –, “O Castelo de Princesa” – que esclarece às garotas técnicas domésticas para manter o lar em ordem – e “De Princesa a Rainha” – que discorre sobre a importância do casamento e como mantê-lo. São esses últimos três módulos uma das razões para a polêmica que envolve essa forma de ensino.

 

Há algum benefício para minha filha?

A escola de princesas tem tido bastante sucesso desde seu lançamento e apresenta planos de extensão para todo o Brasil. Atualmente há quatro unidades em funcionamento: Uberlândia (MG), Uberaba (MG), Itatiba (SP) e Belo Horizonte (MG). É natural que muitas mamães se sintam tentadas a matricular suas filhas nesses cursos, mas vale saber que eles são envoltos em polêmicas.

 

Foi justamente na implantação de uma nova unidade de ensino em Belo Horizonte que surgiu a mais recente delas. A escritora e design Bela Bordeaux entrou na página do estabelecimento no Facebook e deixou um recado: perguntou se seu filho de 5 anos de idade e que gostava de princesas poderia ser matriculado.

 

Em realidade Bela não possui filhos, mas criou a história para ver o que seria respondido. A resposta de que os cursos são apenas para meninas e que o “menino” poderia esperar não agradou e causou alvoroço nas redes sociais.

 

Uma das questões mais levantadas pelos críticos é de que esse método de ensino supostamente estaria na contramão do papel atual da mulher na sociedade. Eles dizem que se trata de um estímulo inadequado às mulheres para que se sintam culpadas ou inferiores caso se desviem dos comportamentos tradicionalmente esperados para seu gênero.

 

A decisão de matricular a filha em uma dessas escolas é dos próprios pais, mas antes de fazê-lo é importante refletir bem sobre polêmicas que estão envoltas nesse assunto. Depois disso sim, é possível tomar uma decisão sem medo de errar.

 

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