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Colestase: saiba quais são os sintomas e como diagnosticar

Por Redação Doutíssima 06/11/2015

A colestase obstétrica é uma rara complicação da gravidez, caracterizada pela acumulação de ácidos biliares na corrente sanguínea que causa coceira persistente no último trimestre da gestação.

 

Pode haver um pequeno aumento do risco de complicações associadas ao problema, mas as evidências não são conclusivas. Os sintomas acabam quando o bebê nasce e alguns tratamentos são capazes de ajudar a aliviá-los.

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Especialistas acreditam que a colestase está relacionada com os hormônios da gestação. Foto: iStock, Getty Images

 

O que é colestase obstétrica?

A colestase indica qualquer condição que prejudica o fluxo de bile a partir do fígado. Quando esse problema ocorre durante a gravidez, é conhecido como colestase obstétrica. Não há pesquisas que indiquem com precisão suas causas, mas muitos especialistas acreditam que ela está relacionada com os hormônios da gestação – aos quais o fígado é bastante sensível.

 

Segundo uma pesquisa publicada na revista Obstetrics and Gynecology, em geral o problema costuma se revelar no último trimestre de gestação. Além disso, de acordo com um estudo veiculado no Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, a colestase é capaz de aumentar a ocorrência de partos prematuros.

 

Para chegar a essa última conclusão, os pesquisadores analisaram 753 gestantes que apresentavam coceira sem origem específica, que então foram submetidas a exames e divididas em dois grupos: as diagnosticadas com colestase e as cuja coceira era idiopática.

 

Os resultados mostraram que 18% das mulheres com a condição tiveram parto prematuro, contra apenas 7,7% das demais. Foi observado ainda que a ocorrência do problema era maior em mulheres grávidas de gêmeos.

 

Conforme o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, do Reino Unido, os fatores de risco da doença incluem histórico da doença na família, gestações múltiplas, presença de cálculos biliares ou hepatite C.

 

Como aliviar os sintomas?

O principal sintoma é a coceira generalizada grave, geralmente sem uma erupção cutânea – embora em casos mais severos ela possa ocorrer. Ela costuma piorar bastante à noite e estar mais presente nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

 

Há ainda outros sinais possíveis, como urina escura, icterícia e evacuações pálidas, bem como falta de apetite e cansaço. Normalmente não se trata de um problema grave, mas pode ser perturbador. Os sintomas acabam depois que o bebê nasce e, como não há cura antes disso, algumas dicas podem ajudar a passar por essa fase.

 

É possível manter o corpo descoberto durante a noite, tomar banhos frios e embeber seus pés ou mãos em água gelada, por exemplo. Essas medidas são capazes de proporcionar alívio temporário, especialmente antes de ir para a cama, quando a coceira se intensifica e, muitas vezes, prejudica o sono.

 

Além disso, um creme hidratante suave também pode dar alívio momentâneo na coceira – algumas mulheres indicam os cremes mentolados. Há também alguns medicamentos capazes de reduzir os sais biliares e aliviar a coceira.

 

Suplementos de vitamina K podem ser importantes, já que a colestase, às vezes, acaba afetando sua absorção – sendo que ela é fundamental para a coagulação saudável do sangue.

 

Caso você esteja apresentando sintomas relativos, procure um médico. Ele poderá dar um panorama completo do seu caso, esclarecer eventuais riscos e também indicar o melhor tratamento.

 

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