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Teste de apgar: entenda o primeiro exame do recém-nascido

Por Redação Doutíssima 01/12/2015

O teste de apgar é o primeiro exame feito em um recém-nascido e ocorre na sala de parto logo após o nascimento do bebê. Ele foi concebido para avaliar rapidamente a condição física da criança e ver se há necessidade imediata de cuidados médicos ou emergência extra. Em outras palavras, ele é essencial.

 

Como funciona o teste de Apgar?

Em 1952 a médica norte-americana Virginia Apgar criou um sistema de pontuação para avaliar o estado clínico do recém-nascido e a necessidade de intervenção imediata para estabelecer a respiração.

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Teste de apgar é o primeiro exame feito logo após o nascimento do bebê. Foto: iStock, Getty Images

O teste de apgar é composto por cinco componentes: cor, frequência cardíaca, reflexos, tônus ​​muscular e respiração, sendo que a cada um deles é atribuída uma pontuação de 0, 1 a 2 – essa última a pontuação máxima.

 

Cada característica ganha uma pontuação individual, que logo em seguida são somadas. A maioria dos recém-nascidos têm pontuação de apgar superior a 7. Se a pontuação do bebê está entre 5 e 7, é possível que ele tenha experimentado alguns problemas durante o parto que a reduziram.

 

São poucos os recém-nascidos que têm pontuações inferiores a 5. A maioria das notas que são baixas em um momento, podem se transformar em normais cinco minutos depois, quando o teste é repetido.

 

Quando nesse novo teste a pontuação segue baixa, é possível fazê-lo novamente na merca de dez minutos. Ele é bastante importante para verificar se o bebê precisa de ajuda para respirar ou está passando por problemas cardíacos.

 

O que uma pontuação baixa pode significar?

Se o bebê recebe uma pontuação baixa pode indicar que ele precisa de oxigênio ou algum estímulo físico para obter frequência cardíaca. Normalmente são os prematuros ou aqueles que vêm ao mundo através de cirurgia de emergência os mais propensos a não alcançar índices elevados.

 

Estudos têm ligado um baixo índice de apgar aos cinco minutos a um ligeiro aumento no risco de paralisia cerebral. De toda forma, grande parte dos bebês com baixa pontuação aos cinco minutos não chegam a desenvolver essa doença neurológica, que afeta coordenação e controle muscular.

 

Uma investigação científica feita por pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, indica ainda que esses baixos índices podem estar ligados a fatores de autismo infantil e outros transtornos invasivos do desenvolvimento. O estudo verificou registros de todos os nascimentos únicos em todo o país entre 1990 e 2005.

 

Além disso, um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology sugere que o teste também pode sinalizar problemas na escola para algumas dessas crianças a partir do momento em que se tornam adolescentes.

 

Os investigadores analisaram 877 mil crianças suecas e compararam suas notas escolares e taxas de graduação na adolescência com sua pontuação no teste de apgar no pós-parto.

 

Segundo os pesquisadores, há uma relação entre um índice abaixo de 7 e déficits cognitivos mais tarde na vida. Eles observaram que quem não obtêm sucesso no teste de apgar possui o dobro de probabilidade de frequentar escolas especiais em razão de déficits cognitivos e outras dificuldades.

 

No entanto, não há motivo para preocupação. É que mesmo com essa constatação os pesquisadores notaram que tão somente 1 em cada 44 bebês com esses baixos escores precisaram recorrer à educação especial – eles possuem o dobro de chances, mas ainda assim é bastante raro.

 

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