Dica do Dermatologista

Conheça os fotoprotetores orais e saiba como tirar proveito

Por Redação Doutíssima 09/12/2015

Proteção contra os raios solares é primordial para manter uma pele bonita e saudável, independente da estação do ano. Para quem não abre mão dos cuidados diários, mais uma alternativa reduz os efeitos nocivos do sol: os fotoprotetores orais. Mas como usar essas substâncias e como elas atuam no corpo?

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Uso de fotoprotetores foi adicionado aos cuidados já conhecidos quanto à proteção solar. Foto: iStock, Getty Images

 

“A proteção contra os raios UV é de suma importância na manutenção de uma pele saudável. Os efeitos nocivos relacionados à radiação ultravioleta são bastante discutidos. Nos últimos anos, o uso de fotoprotetores solares foi adicionado aos cuidados já conhecidos quanto à proteção solar”, explica a dermatologista Tatiane Watanabe.

 

O que são os fotoprotetores orais

Os fotoprotetores orais são substâncias ingeridas em cápsulas que ajudam a reduzir os danos provocados pela radiação UV, potencializando a ação de filtros tradicionais. “Em sua maioria, atuam no combate aos radicais livres e na redução dos malefícios causados pela radiação que já entrou em contato com as células da pele”, esclarece a dermatologista.

 

Entretanto, Tatiane ressalta que eles não são protetores solares propriamente ditos, por isso a utilização dos filtros no corpo é indispensável – embora ainda exista resistência a esses produtos pela necessidade de reaplicação frequente. “O uso das substâncias orais é complementar, não excludente”, reforça.

 

De acordo com ela, os principais agentes utilizados nos fotoprotetores orais são vitaminas C e E, carotenoides, polifenóis de chá verde e a substância vegetal Polypodium leucotomos.

 

Vale ressaltar que, ao contrário dos fotoprotetores orais, os filtros solares absorvem ou refletem a radiação UV. Segundo Tatiane, isso impede que ela entre em contato com a pele e produza inflamação e radicais livres, responsáveis pelos principais danos causados pela radiação solar.

 

Como consumir os fotoprotetores orais

Embora os fotoprotetores orais complementem os cuidados com a pele, o consumo não é recomendado para todos os pacientes, de acordo com Tatiane. “O uso excessivo dessas substâncias pode causar efeitos adversos, como mudança da cor da pele pelo excesso de carotenoides”, afirma.

 

Segundo a dermatologista, as pessoas que apresentam mais malefícios com o uso das substâncias são as que necessitam de proteção solar mais intensiva, especialmente no verão. Nesse grupo, ela diz que estão incluídos os portadores de fotodermatoses (doenças de pele exacerbadas pelo sol), melasma e indivíduos com histórico de câncer de pele.

 

Por isso, quem tiver interessado em consumir as cápsulas deve buscar a orientação de um dermatologista que analise o caso. “A avaliação médica é importante para determinar a necessidade e as particularidades de cada paciente”, salienta Tatiane.

 

Cuidados com o sol

Não é novidade que a radiação ultravioleta traz malefícios à saúde. Tatiane menciona alguns dos efeitos da exposição inadequada ao sol: queimaduras solares, fotoenvelhecimento, manchas e aumento do risco de câncer de pele, além de os raios UV estarem associados à exacerbação de algumas doenças como lúpus eritematosos e melasma.

 

Por isso, não dispense os cuidados com o sol – eles não devem ficar restritos à praia. Utilize o filtro solar em todo o corpo, não esquecendo de reaplicá-lo constantemente quando estiver exposto aos raios UV. Para proteger o rosto, além de usar o filtro, não esqueça dos chapéus e bonés.

 

Uma das dicas mais importantes é evitar a exposição prolongada ao sol, principalmente entre as 10h e as 16h, período do dia em que os raios são mais fortes. Aliado a todos esses cuidados, você pode consumir os fotoprotetores orais e ficar ainda mais protegido.