Clínica Geral

Síndrome de Rokitansky: doença rara afeta a vida sexual

Por Redação Doutíssima 09/12/2015

Você já ouviu falar de Síndrome de Rokitansky, conhecida como MRKH? Trata-se de uma doença congênita rara que afeta a vida sexual das mulheres, pois gera alterações na vagina e no útero. Quem apresenta o problema têm esses órgãos mal desenvolvidos ou até mesmo ausentes.

 

É por isso que, nesse caso, as mulheres geralmente nascem sem útero ou possuem um canal vaginal curto. Anomalias uterinas e tubárias são características. Embora a Síndrome de Rokitansky dificulte as relações sexuais e diminua as possibilidades de gravidez, há cura para a doença.


A estimativa é de que a síndrome atinja uma em cada cinco mil mulheres.

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Síndrome de Rokistansky é uma doença congênita rara que afeta a vida sexual das mulheres. Foto: iStock, Getty Images

 

Conheça a Síndrome de Rokistansky

Também conhecida como Agenesia Mülleriana, a doença pode ser diagnosticada quando a mulher tem cerca de 16 anos. Ausência de menstruação e dificuldades para manter o contato íntimo durante as relações sexuais são os primeiros sinais de alerta e, por isso, é preciso buscar auxílio médico.

 

“As portadoras apresentam características normais do sexo feminino, pois os ovários funcionam, porém não há menstruação”, diz a médica Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do IVI São Paulo.

 

Entretanto, a falta de menstruação e a dificuldade ou dor durante o sexo não são os únicos sintomas. A fim de possibilitar o diagnóstico médico, a mulher precisa estar atenta a esses sinais: dores abdominais frequentes, dificuldade para engravidar, incontinência e infecções urinárias assíduas. Escoliose e outros problemas na coluna também são manifestações.

 

Além disso, vale ressaltar que a síndrome tem impacto psicológico na mulher, pois ela não menstrua nem engravida. Para aliviar o estresse e a ansiedade provocados, o suporte é essencial. Nesse caso, grupos de apoio, família e acompanhamento psicológico são boas opções.

 

Alternativas de tratamento

É importante ter em mente que é possível corrigir  o problema. Por isso, se a mulher ou adolescente identificar os sintomas da doença, é fundamental procurar um ginecologista, para que ele possa fazer o diagnóstico correto da Síndrome de Rokistansky por meio de exames.

 

Devido à ausência do útero, mulheres com Síndrome de Rokitansky têm maiores dificuldades para engravidar. Entretanto, a doença pode ser curada por meio de cirurgia, principalmente nos casos de malformação da vagina. Apesar disso, a gestação não é garantida: nesse caso, técnicas de reprodução assistida, entre elas inseminação artificial, são necessárias.

 

Transplante de útero também passou a ser uma opção. Em 2014, nasceu o primeiro bebê depois desse tipo de cirurgia – feito que ocorreu na Suécia. A mãe era portadora da síndrome.

 

Além disso, pela dificuldade de contato íntimo, de acordo com Silvana, mulheres afetadas precisam passar por uma cirurgia a fim de adaptar a genitália interna para ter relações sexuais plenas.

 

Entretanto, quando o caso de malformação na vagina é mais leve, o uso de dilatadores vaginais de plástico são capazes de esticar o canal vaginal e, assim, permitir relações sexuais sem dificuldade. Essa geralmente é a primeira opção considerada.

 

As causas da Síndrome de Rokitansky, que apresenta três tipos, ainda são desconhecidas, mas estudos mencionam origens de ordem genética.

 

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