Problemas na pele, nos dentes, nas unhas e até nas glândulas sudoríparas podem indicar algum tipo de displasia ectodérmica. A doença causa desenvolvimento anormal nessas partes do corpo e é provocada por um defeito genético que altera o desenvolvimento do embrião ainda no útero.
A estranheza na aparência causada pela doença ganhou destaque na mídia quando Melanie Gaydos, portadora de um dos 150 tipos de displasia ectodérmica, começou a fazer trabalhos como modelo. Ela não tem cabelos, pelos ou dentes e seu rosto tem um formato único.
Segundo um artigo publicado por professores do curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), de Canoas (RS), a incidência da doença é de um para cada 100 mil nascimentos. O documento ainda cita que o problema é mais comum em meninos.
Manifestações de displasia ectodérmica
Portadores da doença muitas vezes não suam pela falta de glândulas produtoras desse fluído corporal. Também é comum que outras doenças, mesmo não graves, causem febre alta difícil de controlar. Adultos tendem a sentir um enorme desconforto em ambientes quentes.
Outros sintomas e sinais são: unhas e dentes em formatos anormais ou não existentes, falta de lágrimas, pouca pigmentação na pele, intolerância ao calor, testa larga, número menor de dentes, audição e/ou visão comprometida, cabelos e pelos finos e em pouca quantidade, pele muito fina.
Os sinais do problema genético podem ser únicos ou uma combinação que afeta várias partes do corpo ao mesmo tempo.
Diagnóstico e tratamento da displasia ectodérmica
Para diagnosticar corretamente os casos de displasia ectodérmica é preciso fazer biópsias da pele e das mucosas. Um teste genético pode identificar em qual gene houve falha durante o desenvolvimento do feto.
Não existe tratamento padrão para a doença tendo em vista que os sintomas são extremamente variados e que nem todos apresentam problemas para a saúde. Algumas medidas são sugeridas para aumentar a qualidade de vida dos afetados.
Uma das principais providências para a garantia do bem-estar é viver em ambientes com clima ameno e usar sprays de água para manter a temperatura corporal sob controle. A água borrifada sobre a pele tem o mesmo efeito do suor, de resfriar a superfície.
Olhos e nariz podem sofrer de secura pela falta da lubrificação natural fornecida pelas lágrimas e pelo muco nasal. Colírios e sprays são os medicamentos recomendados para evitar esses desconfortos.
Para amenizar a estética diferenciada que a doença provoca, o uso de perucas é recomendado, principalmente para mulheres.
A expectativa de vida dos portadores de displasia ectodérmica é reduzida em comparação ao restante da população. A dificuldade em controlar a temperatura corporal é o sintoma que apresenta mais riscos para a saúde, como danos cerebrais e convulsões. Manter tudo sob controle é a melhor forma de garantir o bem-estar dos afetados.
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