Conhecido mundialmente pelos desfiles no Sambódromo Marquês da Sapucaí, o Rio de Janeiro também tem um carnaval de rua muito forte. As famosas escolas de samba dão lugar aos blocos populares e as grandes alegorias tecnológicas às decorações mais modestas e artesanais, sem perder o seu encanto.
Segundo divulgado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, está previsto para este ano o desfile de 505 blocos no carnaval de rua na cidade, 49 a mais que em 2015. Alguns, inclusive, já passaram pelas avenidas, uma vez que a celebração da festa popular mais famosa do Brasil começou ainda no dia 16 de janeiro.
Além de começar mais cedo, a folia carioca também termina mais tarde. As apresentações dos blocos devem se estender até uma semana depois dos desfiles no sambódromo, no dia 14 de fevereiro, com a já tradicional apresentação do Monobloco. A atração fecha o quase um mês de festa.
Desfiles em seis áreas da cidade
Os desfiles estão concentrados em seis grandes zonas da Cidade Maravilhosa: Centro e Centro Histórico, Zona Sul, Grande Tijuca, Zona norte, Barra e Jacarepaguá e Zona oeste. Segundo a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), este é o terceiro ano seguido que o número de inscrições de blocos na Zona Sul do Rio cai.
Enquanto isso, regiões como a Zona Oeste, Barra e Jacarepaguá veem seu carnaval crescer. E você, ficou com vontade de participar dessa festa? Vale conhecer um pouco mais dessa cultura e escolher qual bloco acompanhar.
Tradição dos blocos de carnaval de rua do Rio
A tradição do carnaval de rua carioca é antiga. Os primeiros registros são de 1889. No entanto, foi nos meados de 1930 que os blocos ganharam popularidade e passaram a ter um formato de desfile similar com que se encontra hoje.
Entre as agremiações mais conhecidas estão a Suvaco de Cristo, Boêmios de Irajá, Cordão da Bola Preta, o já mencionado Monobloco, Bafo de Onça e Cacique de Ramos – estes dois últimos blocos não se apresentam neste ano.
A curiosidade fica por conta do nome Suvaco de Cristo. O bloco, que desfilou no dia 31 de janeiro, tem mais de 30 anos de história e faz referência a um comentário do cantor Tom Jobim, que em uma oportunidade disse que o mofo que tinha na sua casa era consequência da sua localização, embaixo do suvaco do Cristo Redentor.
Como os foliões ensaiavam próximos ao local, o nome pegou. Entre os blocos citados, talvez o mais tradicional seja o Cordão da Bola Preta. A agremiação é a mais antiga entre as participantes do carnaval de rua de 2016, com quase 100 anos. Criado em 1918, foi reconhecido como patrimônio cultural do povo carioca pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 2010.
Para quem quiser conferir o seu desfile, o bloco se apresenta no dia 6 de fevereiro, às 9h30, na Rua Primeiro de Março. No dia seguinte, às 22h, desfilam os Boêmios do Irajá, na Avenida Monsenhor Félix, no bairro que dá nome à agremiação.
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