O carnaval carioca é um dos espetáculos mais esperados no ano – não só no Brasil, mas no mundo todo. No ano passado, o Sambódromo Marquês da Sapucaí teve média de 94% de ocupação para ver os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Além disso, profissionais de 29 nacionalidades fizeram a cobertura do evento para seus países.
De acordo com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro, (Riotur), 977 mil turistas passaram pela Cidade Maravilhosa para assistir ao carnaval de 2015, o que gerou renda aproximada de US$ 782 milhões.
Conheça o enredo das escolas de samba do Rio
Talvez os números em 2016 não sejam tão bons quanto no ano passado, especialmente devido ao agravamento da crise econômica do país. Ainda assim, as escolas de samba do Rio prometem fazer bonito e encantar como sempre. Veja o que espera os foliões neste ano:
Estácio de Sá: Salve Jorge! O guerreiro na fé
Campeã da Série A, a Estácio volta a disputar o grupo especial depois de nove anos – sua última participação havia sido em 2007. A escola aposta no samba enredo em homenagem a São Jorge, imortalizado na lenda por ter matado um dragão.
União da Ilha: Olímpico por natureza. Todo mundo se encontra no Rio
Nona colocada no passado, a União da Ilha conseguiu, a partir da aprovação do seu projeto pela lei Rouanet, abordar os Jogos Olímpicos de 2016. Estima-se que a escola tenha conseguido cerca de R$ 6,5 milhões em patrocínios, valor vindo de captação de recursos governamentais.
Beija-Flor: Mineirinho genial! Nova Lima, cidade natal. Marquês de Sapucaí, o poeta imortal!
Atual campeã e detentora de 13 títulos, a Beija-Flor de Nilópolis investiu para este ano em um enredo que conta a história do Marquês de Sapucaí, que dá nome ao sambódromo do Rio de Janeiro.
Grande Rio: Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei
Terceira colocada no ano passado, a Grande Rio terá a cidade de Santos como tema de seu samba enredo. Além do município praieiro, a escola também falará do Santos Futebol Clube, com a presença ilustre de Pelé em um do seus carros alegóricos.
Mocidade: O Brasil de La Mancha: sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, sou Quixote cavaleiro, pixote brasileiro
Pentacampeã do carnaval carioca, a Mocidade Independente de Padre Miguel investe em um enredo que homenageia o povo brasileiro, conserva sua cultura e tradição e investe nos sonhos da mocidade.
Unidos da Tijuca: Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado
Com três dos seus quatro títulos conquistados nos últimos cinco anos, a Unidos da Tijuca vai homenagear o solo em seu desfile. A escola passará pelos fenômenos naturais, fauna e flora, riquezas naturais e chegando à terra dos grãos, solo sagrado que germina esperança à arte agrícola brasileira.
Vila Isabel: Memórias de Pai Arraia. Um sonho pernambucano, um legado brasileiro
Quase rebaixada no ano passado, a tricampeã Vila Isabel busca se redimir de 2015 com um enredo que homenageia o advogado, economista e político brasileiro Miguel Arraes.
Salgueiro: A Ópera do Malandro
Vice-campeã em 2015, Salgueiro vai em busca do campeonato com um enredo que conta a história de um personagem tradicional brasileiro: o malandro. O título também é uma referência à música homônima de Chico Buarque.
São Clemente: Mais de mil palhaços no salão
Oitava colada no ano passado, a São Clemente busca subir de posição em 2016 com samba enredo que homenageia os palhaços desde sua primeiras aparições, ainda na Idade Média, com os bobos da corte.
Portela: No voo da águia, uma viagem sem fim
Maior campeã do carnaval carioca com 21 títulos, a Portela não ganha desde 1984. Para este ano, a escola fará uma viagem pela história da humanidade voando na águia, símbolo da agremiação.
Imperatriz Leopoldinense: Do sonho de um caipira nascem os dois filhos do Brasil – é o amor que mexe com a minha cabeça e me deixa assim
Tricampeã em 1999, 2000 e 2001, a Imperatriz Leopoldinense busca seu oitavo título com um samba enredo em homenagem a dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano.
Mangueira: Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá
Escola mais tradicional e detentora de 17 títulos do carnaval carioca, a Mangueira busca encerrar o jejum que já dura 13 anos com o samba enredo em homenagem à obra musical e vida da cantora baiana Maria Bethânia, que tem 50 anos de carreira.