O verão pode não ter acabado, mas muitos designers e estilistas já apresentaram suas coleções femininas para o outono-inverno de 2016 em várias capitais da moda. Entre as tendências em destaque até agora estão as peças usando fourrure.
Verdadeiras e falsas, sóbrias e coloridas, elas estiveram em vários desfiles e se tornaram uma das peças queridinhas das fashionistas para as estações mais frias do ano. Vale conferir essa moda.
Fourrure até nas unhas
Não há como negar, a pele está de volta. Entre os entusiastas da moda ela é conhecida como fourrure, justamente pele em francês. Em 2015, por exemplo, casacos da marca Fendi foram apresentados na semana de moda de Paris em uma coleção exclusiva que misturava penas, apliques florais e estampas psicodélicas.
Depois disso, a tendência invadiu as ruas e ganhou novas abordagens. Neste ano, na semana de moda de Nova York, a novidade foi a pele colorida. Jason Wu usou a tendência na forma de grandes colarinhos em amarelo, azul, vermelho ou verde.
Já a designer Vera Wang apostou em um casaco grande de pele colorida. A marca Libertine também mostrou uma abordagem inusitada. As modelos entraram na passarela com unhas decoradas com peles.
Embora seja uma grande aposta, essa tendência também é motivo de polêmica, principalmente porque muitas marcas ainda usam pelos de animais para a fabricação de suas peças.
Para atender à massa de consumidores preocupados com a questão animal, há marcas que jogam alto em versões artificiais de peles. Isso torna as peças mais acessíveis e conscientes.
Por exemplo, a marca Hugo Boss já anunciou que pretende parar de usar pele até 2016, sendo que essa promessa já havia sido feita anos atrás pela icônica estilista britânica Stella McCartney.
Vale a pena a preocupação. Segundo a organização ambiental Born Free, dos Estados Unidos, mais de 50 milhões de animais são mortos violentamente para uso na moda todos os anos.
A volta de pele no mundo da moda
Há tempos a moda nutre uma fascinação pelo uso de peles. Mas, muito antes de ser uma peça vista como elegante, ela era utilizada por razões práticas: proteção, durabilidade e, em alguns casos, simplesmente porque outros materiais não conseguiam estar prontamente disponíveis.
Tudo começou a mudar no século 18, momento em que a aristocracia europeia iniciou o uso de pele para fins não-utilitários – em outras palavras, como uma demonstração de status e estilo. A Idade Vitoriana assim viu um notável aumento na demanda por peles e couro de todos os tipos, inclusive exóticos.
Esse movimento utilizou quase todos os animais que você possa imaginar. Quer exemplos? Gambás, lobos, doninhas, esquilos, macacos, guaxinins, cangurus, tigres, leopardos e até mesmo hamsters e gatos domésticos sofreram as consequências.
O comércio era tão lucrativo e o desejo por peles de alta qualidade era tão intenso que certas espécies foram conduzidas à extinção na Europa e mesmo na América. A partir daí, ambientalistas começaram a organizar campanhas agressivas e orientadas contra a indústria da moda.
Parece ter funcionado, pelo menos por algum tempo. Durante 20 anos as vendas de peles exóticas tiveram uma grande queda, mas nessa última década estão novamente ganhando espaço na moda dirigida a jovens fashionistas. Também é apaixonada por pele? Não é preciso ficar fora da moda. Basta procurar por marcas que utilizem peles artificiais.
E aí, o que você acha sobre essa tendência? Deixe um comentário! E não esqueça de compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!