A tecnologia já possibilita soluções para os mais variados problemas estéticos. Em abril deste ano, no Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, mais uma alternativa foi apresentada e promete resolver um incômodo que afeta homens e mulheres: a queda de cabelo. Trata-se do microagulhamento capilar, que já é oferecido em algumas clínicas.
O procedimento é indicado para pessoas diagnosticadas com alopecia androgenética, caracterizada pela perda de fios do couro cabeludo, o que pode levar à calvície. Também é ideal para quem possui efluvio telógeno, uma condição reversível em que a queda acontece após uma experiência estressante.
Saiba como funciona o microagulhamento capilar
A dermatologista Carla Albuquerque, que já realiza o procedimento em seu consultório, é quem explica melhor como funciona o processo de microagulhamento para estimular o crescimento dos fios.
“Antes do paciente ser submetido ao microagulhamento, é aplicado no couro cabeludo por 20 minutos o Hygialux. É um equipamento de LED, que otimiza o tratamento da queda capilar”, explica a médica. Em seguida, há duas possibilidades: um anestesia por meio de spray no local ou a anestesia infiltrativa.
A escolha por uma ou outra depende de cada caso e deve ser discutida com o especialista. Após a anestesia, é feito o microagulhamento com um aparelho chamado Dermapen. Ele nada mais é do que uma caneta elétrica, na qual é encaixada uma ponteira estéril.
Essa ponteira é a responsável por fazer pequenos furos na pele, cada um com até dois milímetros. De acordo com Carla, essa profundidade garante mais segurança no processo e diminui os riscos de complicações, pois acelera o tempo de cicatrização.
Mas de que forma o microagulhamento contribui para estimular o crescimento dos cabelos? O segredo está no trauma causado pela agulha, que resulta em uma vascularização (formação de vasos sanguíneos) no couro cabeludo.
O sangue coagulado após o processo possui seis fatores de crescimento que estimulam a proliferação de mais fios capilares. Depois das agulhas, é colocada uma touca estéril no paciente, que poderá ser retirada após seis horas da sessão.
Para ter bons resultados, de acordo com a dermatologista, são necessárias cinco sessões, realizadas uma vez por mês, já que é importante ter um tempo de descanso e cicatrização entre uma e outra.
Cuidados necessários no procedimento
Se você sofre com problemas de queda de cabelo e se interessou pela ideia do microagulhamento capilar, o primeiro passo é conversar com o seu dermatologista para descobrir se é um bom candidato ao tratamento. Para isso, são necessários vários exames.
O objetivo da consulta será detectar o tipo de queda capilar. Para isso, é feito um exame dermatoscópico do couro cabeludo com um aparelho chamado Tricoscopia, que permite o diagnóstico das diversas causas de alopecias, como as calvícies de padrão feminino e masculino, queda crônica dos fios e outras doenças comuns.
“Esse aparelho possibilita avaliar de forma comparativa as diferentes áreas do couro cabeludo, determinando os locais de comprometimento dos cabelos e sua intensidade, bem como avaliar a resposta aos diversos tipos de tratamento”, finaliza Carla.
E você, o que achou da técnica de microagulhamento capilar? Faria o procedimento? Deixe um comentário.