Em 2016, ocorrerão 420 mil novos casos de neoplasias. Do total, 8,6% das ocorrências em mulheres e 7,8% nos homens será de tumores de cólon e reto. Apesar da alta incidência, o tipo é um dos poucos que possui prognóstico positivo: há 90% de chance de sobrevida, desde que diagnosticado e tratado precocemente. Por isso, estar atento aos primeiros sinais de câncer de intestino é fundamental.
Em sua fase inicial, o câncer de intestino quase não apresenta sintomas. Foto: iStock, Getty Images
Principais sinais de câncer de intestino
A maior dificuldade de detectar a doença ocorre porque os sintomas mais perceptíveis do câncer de intestino não aparecem nas fases iniciais, conforme explica o oncologista Robson Moura, também presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.
“Os sinais de alerta surgem quando a doença está avançada e incluem sangramento nas fezes, alterações no ritmo intestinal, como constipação (prisão de ventre), diarreia, cólicas persistentes, anemia e emagrecimento repentino”, destaca o especialista.
Segundo ele, a partir do aparecimento de qualquer um desses sintomas, o paciente deve procurar auxílio médico para investigação e tratamento adequado o mais rápido possível. A neoplasia na região, assim como qualquer outra, possui alguns fatores que aumentam o risco de seu desenvolvimento.
A idade acima de 50 anos, o tabagismo, a hereditariedade, o histórico pessoal de doenças inflamatórias intestinais, a exemplo da Doença de Crohn e da Retocolite Ulcerativa, são alguns deles. Também é possível incluir na lista associado a alimentação rica em gordura de origem animal, conservantes, corantes e carnes vermelhas.
Diagnóstico precoce pode salvar vidas
Quanto mais cedo for constatado o tumor, maiores são as chances de cura do paciente. De acordo com Moura, a colonoscopia é o exame mais indicado para a prevenção da doença, por detectar lesões cancerosas chamadas de pólipos.
De acordo com o oncologista, por meio desse exame é possível detectar e retirar esse tumores e prevenir o desenvolvimento do câncer em até 90% dos casos. “A colonoscopia precisa deixar de ser tabu. Os pacientes não devem se recusar a fazê-lo, pois assim estarão evitando sérias complicações”, alerta.
Embora seja temida, especialmente devido ao preconceito, trata-se de um procedimento rápido e indolor. O preparo requer alguns cuidados: o intestino deve estar absolutamente limpo, é preciso que o paciente faça uma dieta líquida especial de pelo menos 24 horas e ingira laxativos, conforme recomendação médica.
Este procedimento permitirá ao médico analisar o revestimento interno do reto e do cólon. A recomendação é realizar o exame a partir dos 50 anos de idade, quando o risco se torna mais significativo.
Se você já possui algum histórico na família de parentes com câncer intestinal ou pólipos, a investigação terapêutica deve iniciar mais cedo. Mais do que um diagnóstico precoce, muitas vezes é possível evitar os sinais de câncer do intestino se prevenindo e levando uma vida mais saudável, conforme orienta Moura.
“Se alimente bem, com uma dieta rica em alimentos naturais e fibras, como legumes, hortaliças, frutas, tubérculos. Praticar atividade física regularmente e restringir a ingestão de carne vermelha, embutidos e álcool também ajudam a prevenir o câncer colorretal”, finaliza o especialista.
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