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Assédio moral no trabalho: como identificar?

Por Redação Fortíssima 14/07/2016

O mundo corporativo hoje é globalizado, ágil, tecnológico e com uma concorrência cada vez mais acirrada. Neste cenário, muitas vezes as relações humanas ganham menos importância diante da competitividade. Apesar de subjetivas, porém, elas podem ter um impacto grande na vida das pessoas, como ocorre nos casos de assédio moral no trabalho.

Dentro das empresas, o assédio pode ocorrer de inúmeras formas e, por se tratar de um fenômeno que às vezes passa despercebido, eventualmente causa danos psicológicos consideráveis aos afetados. Por isso, fique em alerta.

Sinais de assédio moral no trabalho

Apesar de ser abordado com mais frequência na atualidade, o assédio moral não é um fenômeno novo. Ele foi estudado inicialmente na década de 80 por um professor chamado Heinz Leymann, que cunhou o termo mobbing – utilizado até hoje para referenciar o problema. Ele deriva do verbo to mob, que significa tratar mal, cercar, rodear.

Uma espécie de bullying no mundo corporativo, o assédio moral se caracteriza pela exposição a situações humilhantes e constrangedoras, de maneira repetitiva e prolongada. A prática pode ocorrer do chefe para com seus subalternos, entre colegas e grupos específicos de colaboradores ou até dos subordinados para com o chefe.

Talvez o que torna o assédio um problema tão complicado seja, justamente, o fato de que ele não ocorre somente de maneira escancarada, mas sim de forma sutil. Ele pode aparecer como um gesto simples ou na forma de um sorriso carregado de cinismo reiteradas vezes, por exemplo. A experiência do mobbing é muito subjetiva.

É importante ter atenção, especialmente, se as manobras ocorrem de forma repetitiva e prolongada: quando o isolamento da vítima, a desqualificação, a vexação, a indução ao erro e a recusa à comunicação direta acontecem de maneira muito frequente, caracteriza-se o assédio. E o efeito é devastador à autoestima.

Assédio moral no trabalho

Assédio afeta a autoestima da vítima. Foto: iStock, Getty Images

Como reagir à perseguição

Os desdobramentos do assédio moral no trabalho podem tomar proporções significativas, mas não existe uma regra: cada profissional vivencia de maneira diferente as imposições sofridas no ambiente corporativo. Muitas vezes, o sofrimento ocorre de maneira gradativa. Sutilmente, a vítima passa a se sentir cada vez mais angustiada, triste e deprimida.

A situação pode evoluir, causar um desgaste íntimo cada vez maior e um estresse severo. O terror psicológico, eventualmente, gera transtornos como depressão, ansiedade, pânico e até a Síndrome de Burnout: uma ruptura de integridade, afetividade e produtividade do indivíduo – inclusive com sintomas fisiológicos.

Por isso, é importante reagir. Muitas pessoas desistem de entrar com a ação por assédio moral por temerem a perda do emprego ou ficarem com uma mancha na sua área de atuação. A necessidade de haver testemunhas que comprovem o assédio também dificulta o processo. Mas buscar alternativas é importante.

A melhor forma de lidar com a questão do assédio moral no trabalho ainda é prevenir que ele ocorra. As empresas têm um importante papel neste cenário, no sentido de se responsabilizarem também pela gestão de pessoas.

 

E você, já teve que lidar com uma situação de assédio no trabalho? Compartilhe conosco nos comentários a sua opinião sobre este tema polêmico..