A enxaqueca é um dos tipos de dor de cabeça mais comuns existentes. Estima-se que 15% da população brasileira e mundial sofra da doença e, que apenas no Brasil, 15 milhões de pessoas tenham pelo menos uma vez na vida os sintomas da doença. São diversas as causas e sintomas da enxaqueca, podendo ir além da comum dor de cabeça.
A doença pode ser classificada como crônica quando acomete mais do que 15 dias durante o mês. O quadro crônico é visto em até 2% da população e está associado à diminuição significativa da qualidade de vida; além de ser uma causa muito frequente de falta ao trabalho e diminuição da produtividade laboral. Algumas pessoas têm maior propensão a desenvolver o quadro crônico. Os principais fatores de risco são:
• A doença se manifesta mais em mulheres
• Trauma cervical ou da cabeça
• Abuso de analgésicos
• Depressão
• Roncos habituais
• Alto consumo de cafeína
QUAIS SÃO AS CAUSAS E SINTOMAS DA ENXAQUECA?
O paciente com enxaqueca costuma apresentar um quadro de sintomas com as seguintes características:
– De um lado da cabeça, embora posso ocorrer dos dois lados
– Dor “pulsátil”(latejante)
– A dor piora com as atividades cotidianas
– Fotofobia (piora com luminosidade)
– Fonofobia (piora com barulhos)
-Náuseas e/ou vômitos
Os pacientes podem apresentar ainda o fenômeno de aura, que usualmente antecede o quadro de dor de cabeça. Durante esse fenômeno os pacientes relatam alterações visuais como, por exemplo, pontos brilhantes ou escuros na visão.
QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DA ENXAQUECA
A causa da enxaqueca não é completamente conhecida mas acredita-se que ocorra uma dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cefaléia publicou os 10 principais fatores associados às crises de enxaqueca. É de fundamental importância que o paciente evite todos aqueles que são possíveis para evitar o aparecimento da doença. Saiba quais são:
- Ansiedade/estresse
- Jejum prolongado
- Sono insuficiente
- Alterações hormonais
- Irritação e alterações do humor
- Excesso de cafeína
- Sedentarismo
- Uso excessivo de analgésicos
- Certos alimentos (ex: vinho, chocolate, queijos)
- Fatores genéticos
A ENXAQUECA E O AUMENTO DO RISCO CARDIOVASCULAR
Recentemente, foi publicado um estudo em uma das mais importantes revistas médicas do mundo, o “British Medical Journal”, que avaliou, durante mais de 20 anos, mais de 115 mil mulheres entre 25 e 42 anos, das quais cerca de 17 mil apresentavam diagnóstico de enxaqueca.
Os autores avaliaram a incidência de complicações cardiovasculares do tipo infarto agudo do miocárdio, derrame e morte súbita entre as pacientes com e sem enxaqueca. A conclusão é que de fato a enxaqueca aumenta as chances de pacientes terem tais complicações e esse aumento é de cerca de 50%. Por isso, é tão importante que a paciente controle outros fatores de risco como hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes e tabagismo.
Alguns pontos que merecem ser destacados:
- Apesar de ser um aumento significativo, a incidência de infarto nessas pacientes é ainda muito baixa.
- Os mecanismos que levam a esse aumento do risco de infarto ainda não são completamente esclarecidos.
- Ainda não se sabe se o tratamento da enxaqueca diminui os riscos a níveis normais.
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