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Slow Food: o resgate do prazer à mesa com consciência

Por Tatiana Barros 06/12/2017

Diante da quantidade de compromissos que preenchem a nossa agenda, é comum que se reserve um tempo cada vez menor à alimentação. Não é a toa que grandes cadeias de alimentação fast food se alastraram e, até mesmo em cidades menores, já é possível encontrar pelo menos uma dessas lojas que prometem agilidade na hora da refeição. No entanto, o que esse tipo de alimento esconde é uma grande concentração de gorduras, sódio, açúcar e outros elementos que fazem mal à nossa saúde e que são causa de problemas comuns da sociedade, como obesidade e hipertensão. Mas na contramão desses hábitos, está o slow food.

O que é o slow food?

Trata-se de um movimento criado na Itália, em 1989, que propõe a volta das refeições tranquilas, em que é possível saborear cada prato sem pressa. Mas não apenas isso. A proposta é muito mais ampla e envolve uma consciência em relação a cada etapa de produção do alimento.

O Slow Food têm como base três princípios:

Alimento bom: É a preservação da naturalidade do alimento.

Alimento limpo: É o investimento em um cultivo livre de agrotóxicos e outros agentes químicos.

Alimento justo: É a responsabilidade com as condições de trabalho do produtor, privilegiando ainda o produtor local.

Cada um de nós pode adotar a prática do slow food no dia a dia, pois a ideia é muito mais simples do que pode parecer. Conheça alguns hábitos que fazem parte da filosofia do movimento e que podem fazer parte da sua rotina também:

  • Criar uma horta caseira. Essa é uma forma de reduzir o consumo de vegetais com agrotóxicos, além de ser uma boa economia. Outra vantagem é que a prática é uma terapia, que reduz o estresse e a ansiedade. E nada de colocar desculpa na falta de espaço; até mesmo em apartamentos é possível fazer uma hortinha, mesmo que vertical.
  • Comprar alimentos de produtores locais também é uma forma de proteger o planeta. Eles usam menos aditivos químicos e gastam menos combustíveis no transporte. Valorizar a economia local também é um benefício extra para toda a sociedade.
  • O slow food também defende o resgate do prazer da comida. Para isso, dedique um horário do seu dia para largar o celular e as preocupações, escolha um ambiente agradável e tranquilo e reserve esse momento para saborear o seu prato. Sinta os aromas, texturas e sabores, sem pressa.

Table talk

Uma das práticas mais agradáveis que fazem parte do slow food é o “table talk”, que nada mais é do que dedicar o momento da refeição para conversas prazerosas com amigos ou familiares. Há pesquisas que mostram que esse hábito tão simples atinge os aspectos neurais, fisiológicos, endócrinos e comportamentais de forma muito benéfica. As principais vantagens são:

  • Fortalece os laços afetivos
  • Promove trocas de ideias
  • Incentiva a boa alimentação
  • Dá mais atenção àquilo que ingere
  • Promove maior saciedade.

Que tal procurar incluir os conceitos de slow food no seu dia a dia?