O linfoma de Hodgkin, também conhecido como Doença de Hodgkin, é um câncer que atinge o sistema linfático, responsável pela produção das células de imunidade e sua distribuição pelo corpo.
Originária nos linfonodos – os gânglios do sistema linfático que atuam na defesa do organismo humano e produzem anticorpos –, ela surge quando um glóbulo branco (linfócito) se transforma em célula maligna.
O linfoma faz com que essa célula produza clones, que crescem a um ritmo muito rápido e espalham-se pelo corpo, atingindo também os tecidos (conjuntos de células) vizinhos. A doença atinge, principalmente, a faixa etária entre os 25 e 30 anos, não se descartando a incidência em qualquer outra idade.
O linfoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas perceber sua manifestação depende de onde está localizado. Quando acontece nos linfonodos superficiais, como o pescoço, as axilas e a virilha, aparecem ínguas indolores nessas partes.
Caso ocorra no tórax, a pessoa pode apresentar falta de ar, dor no peito e tosse. Se ocorrer uma sensação de estômago cheio e dor abdominal, o linfoma de Hodgkin pode estar aparecendo na pelve e no abdômen. Podem também surgir outros sintomas, como febre, cansaço, suor noturno, falta de apetite, diminuição de peso e irritação na pele.
Causa do linfoma de Hodgkin pode ser hereditária
Não são exatamente previsíveis as causas do linfoma de Hodgkin. Quem é acometido pela doença geralmente foi exposto a algum tipo de produto químico, altas radiações, extrema poluição e outras causas ambientais.
Além disso, quando acontece algum tipo de infecção recorrente ou o sistema imunológico já está comprometido, devido a doenças genéticas hereditárias, contaminação pelo HIV ou uso de drogas que diminuem a imunidade humana, o risco de contrair o linfoma é bem maior.
É também preciso estar atento ao histórico familiar, sendo a doença recorrente devido a fatores genéticos.
Devido aos vários tipos de sintomas e diferentes cânceres que existem, o diagnóstico do linfoma de Hodgkin sempre requer bastante atenção e cuidado. Quando perceber algum dos sintomas da doença, é extremamente importante procurar um médico.
O câncer é dividido em estágios, dependendo de sua evolução, por isso é necessário identificar primeiramente qual a natureza da doença, o que só pode ser confirmado por um especialista. O diagnóstico geralmente é dado após a avaliação de exames como o ultrassom, o raio-x, o exame de sangue e, principalmente, a biópsia.
Linfoma de Hodgkin tem cura
O tratamento da doença se dá, em grande parte, pela quimioterapia e radioterapia, que já se mostraram eficientes em muitos portadores. A poliquimioterapia é o tratamento mais usado, consistindo no processo quimioterápico pelo uso de múltiplas drogas.
Se houver recaída ou nova ocorrência do linfoma, pode também ser necessário o transplante de medula óssea. Quando tratados adequadamente, os pacientes portadores do linfoma de Hodgkin podem ser curados.
Após o tratamento, os pacientes devem continuar realizando consultas periódicas. Desde que foram iniciados os tratamentos para essa doença, no início dos anos 70, o número de mortes já foi reduzido em 60%.