As miocardiopatias ou cardiomiopatias são doenças progressivas que atingem o coração e têm causas variáveis e até sem identificação, os chamados casos idiopáticos. Essas enfermidades alteram a estrutura e comprometem o miocárdio, que tem função de bombear o sangue, e os ventrículos, que são as câmaras inferiores e maiores do coração.
Existem cinco tipos de miocardiopatias, são elas: a miocardiopatia dilatada (MCD), a miocardiopatia hipertrófica (MCH), a miocardiopatia restritiva (MCR), a displasia arritmogênica do ventrículo direito e o miocárdio não-compactado.
Algumas doenças que atingem o coração são mais fáceis de tratar do que outras e algumas são graves a ponto de levar o paciente a óbito.
Classificação e origem das miocardiopatias
As doenças que alteram o miocárdio são as principais responsáveis pelos transplantes de coração no Brasil, mesmo que não haja dados específicos que considere as peculiaridades de cada um dos casos.
Outro ponto conflitante para dados mais precisos é a forma de classificação das miocardiopatias, mas o último consenso descreve o seguinte em relação à classificação:
1. Anátomo-funcional
Podendo ser dividida em Dilatada, Hipertrófica, Restritiva e Miocardiopatia ventricular direita arritmogênica.
2. Etiopatogênica
Dividida em Inflamatórias com causa infecciosas (virais, parasitárias e bacterianas) e não infecciosas; Metabólicas (Pelagra, Kwashiorkor,Tiamina, Acromegalia e disfunção de tireoide); Tóxicas (provocada por cobalto, álcool, picadas de insetos e cobras, quimioterápicos e cocaína).
Infiltrativas; Fibroplásticas (com origem a partir da endomiocardiofibrose e fibroelastose endocárdica); Hematológicas (leucemia, anemia falciforme); Hipersensibilidade, Genética; Agentes Físicos; Miscelânea e Idiopática.
O ecocardiograma, exame capaz de avaliar a estrutura e como anda o trabalho do coração através de imagens obtidas por ultrassom, semelhante ao usado para ver o desenvolvimento do feto, é o principal aliado para o diagnóstico dos vários tipos de doenças que atingem o coração.
A ressonância e a tomografia cardíaca também podem ser pedidas como exames complementares pelos médicos.
Miocardiopatias mais frequentes
Entre todas as miocardiopatias existentes, quatro se destacam. São elas:
1. Miocardiopatia Dilatada
A miocardiopatia dilatada (MCD) é a mais comum das miocardiopatias, representando quase 90% dos casos. A MCD se caracteriza pela dilatação dos ventrículos, especialmente o esquerdo, e a disfunção sistólica progressiva.
Os sintomas desta miocardiopatia variam e dependem do estágio da doença. A insuficiência cardíaca congestiva é o sintoma mais comum. O tratamento da MCD consiste em ingestão de medicamentos, controle da frequência cardíaca, podendo ser necessário o transplante de coração.
2. Miocardiopatia Hipertrófica
A miocardiopatia hipertrófica (MCH) é hipertrofia do miocárdio, de origem, geralmente, genética. Os sintomas, quando existem, pois a maioria dos casos é assintomática, são dispneia e angina de peito.
O tratamento envolve atividades físicas ao uso de medicamentos e procedimentos para a redução do septo interventricular.
3. Miocardiopatia Restritiva (MCR)
A miocardiopatia restritiva é a redução da complacência ventricular, ou seja, as paredes ficam excessivamente rígidas. Os pacientes com MCR podem apresentar arritmias e trombose intracavitária. O tratamento é feito basicamente com medicamentos.
4. Miocardite
A miocardite é a inflamação do miocárdio resultante de um processo inflamatório. O coração pode ficar de tamanho normal, dilatado ou haver certa hipertrofia.
Os sintomas podem ser arritmias graves, mialgias, febre alta e desconforto torácico e, em alguns casos, a morte. O tratamento envolve terapia com medicamentos e implante de marcapasso.
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