Clínica Geral

Teste de paternidade: entenda como ele funciona

Por Redação Doutíssima 19/03/2015

Você já parou para pensar em como funciona um teste de paternidade? Sim, aquele exame utilizado para identificação (ou não) do pai biológico de uma criança, feito a partir de uma análise do DNA do filho e do suposto pai. Esse é um avanço da ciência permite que muitas pessoas descubram quem são os responsáveis pela sua existência.

 

A busca pelo teste de paternidade é importante para o desenvolvimento emocional da criança. Além disso, o direito desse reconhecimento é protegido por lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Entretanto, ainda há muito caminho pela frente. Segundo informações da na pesquisa Estatísticas do Registro Civil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas em 2011, 30% das crianças brasileiras não têm o nome do pai na certidão de nascimento.

 

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Teste permite à criança descobrir ou confirmar quem é seu verdadeiro pai. Foto: iStock, Getty Images

O que é o DNA?

 

O DNA é uma substância que está presente em todas as células do corpo. É ela que se encarrega de distribuir à criança que se forma as características dos pais. Tal como a impressão digital, cada ser humano tem um DNA único e exclusivo. A exceção são os gêmeos idênticos.

 

Esse DNA é constituído de uma longa cadeia repleta de bloquinhos chamados de nucleotídeos, que se repetem em diferentes combinações.

A maioria do DNA não difere muito entre as pessoas. Por isso, o teste examina apenas trechos bem específicos, os polimórficos – e, esses sim, variam muito conforme o indivíduo.

 

Como se faz o teste de paternidade

 

Para fazer o teste, os laboratórios costumam usar kits, de padrão mundial, que realizam o exame com as mesmas diretrizes. Neles, é quase impossível que duas pessoas tenham repetições idênticas. A margem de certeza de um teste de paternidade é de 99,99%.

 

O que acontece na comparação dos DNAs de pais e filhos é que é possível analisar se há o mesmo número de bloquinhos nas cadeias de DNA dos dois. Na verdade, dos três, porque a essa análise se soma também o material da mãe, uma vez que metade do DNA do filho vem dela. É toda essa metodologia que permite evitar confusão no teste de paternidade.

 

Durante o teste, os trechos do filho são comparados com os da mãe. Os que não correspondem à mãe são, obrigatoriamente, provenientes do pai. Então se compara com o DNA do suposto pai. Se é compatível, está formada a família, caso contrário, é preciso testar outra possibilidade.

A forma mais comum é a retirada de sangue para a realização do teste. Entretanto, também podem ser usados saliva e fio de cabelo, por exemplo, da mãe, do filho e do suposto pai (núcleo completo), sem que seja necessário jejum ou preparos especiais.

 

Teste de paternidade e estudos

 

O mapeamento completo do DNA humano, que define que parte codifica cada uma das características de uma pessoa, ainda não foi concluído pelos cientistas.

Entretanto, já é possível determinar semelhanças e diferenças no código genético de cada pessoa, e é isso que permite a realização do teste de paternidade.

Esse mesmo sistema de reconhecimento de paternidade por teste de DNA também é utilizado nos casos em que é necessário identificar vítimas de acidentes, nos quais os corpos ficam irreconhecíveis.

Nesses casos, são coletados materiais genéticos das famílias para exames. Em geral, o laudo com o resultado do exame fica pronto em 15 dias.

 

 

 

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