Um novo alerta de pandemia surge em 2015. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está preocupada com o vírus H7N9, que, desde 2013, atinge a China. Ele é um subtipo da Influenza A, semelhante ao H1N1, também conhecida como gripe de origem aviária.
Mas você sabe o que é uma pandemia e o motivo de ela causar tanta preocupação nas organizações de saúde? O termo caracteriza uma epidemia de grandes proporções – em um ou mais continentes. Além disso, para ser definida dessa maneira, a doença precisa ser infecciosa.
Por que o H7N9 pode se tornar uma pandemia?
A influenza A é muito preocupante, pois pacientes que contraem essa gripe podem desenvolver complicações graves e, com a evolução do quadro clínico, 30% desses indivíduos acabam morrendo.
Segundo o Ministério da Saúde, não foi registrado nenhum caso de H7N9 no Brasil. Apesar de estarmos momentaneamente livres, vale o alerta. Em Hong Kong, Taiwan, Malásia e China, o vírus já é uma epidemia.
A forma de infecção humana se dá através de exposição a ambientes contaminados ou, então, por contato com criação de aves. Entretanto, o risco maior de contaminação está em locais do tipo feiras ou mercados, nos quais os animais são comercializados vivos.
O fato da influenza A não causar nenhuma doença nas aves torna esse vírus perigoso e levanta a questão de risco de pandemia.
Essas características de contágio seriam os principais fatores a serem levados em consideração na hora da OMS e o poder público tomarem iniciativas para evitar que o vírus se espalhe e se torne uma pandemia.
Segundo cientistas, o H7N9 é uma combinação dos vírus que já atingiam os patos domésticos e os vírus H9N2, que afetavam os frangos.
Da incubação à transmissão
O período de transmissão em humanos do vírus H7N9 é desconhecido, mas, naturalmente, o indivíduo libera partículas virais um dia após o surgimento dos sintomas. Contudo, a transmissão pode ocorrer de cinco a 10 dias após o aparecimentos dos sintomas.
Os sintomas da influenza A (H7N9) se caracterizam pelo indivíduo apresentar febre, falta de ar, tosse produtiva ou não produtiva e hipóxia (falta de oxigênio).
As complicações causadas pelo H7N9 podem levar a choque séptico, falência respiratória, falência renal e até falência múltipla dos órgãos e infecções bacterianas.
No ano de 2013, foram registrados pelos órgãos de saúde 310 casos de pessoas que contraíram o vírus H7N9. Desses casos, 100 acabaram morrendo.
Fique alerta para a pandemia
Diferentemente do vírus H1N1, o H7N9 ainda não possui nenhuma vacina disponível. Então, para evitar que o vírus se alastre e se torne uma pandemia, é importante seguir as seguintes recomendações:
1. Viagens
Evitar viajar aos locais que se encontram em alerta de epidemia.
2. Sintomas
Pessoas que estiveram nas cidades listadas e apresentarem algum sintoma devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
3. Contato
Pessoas que tiveram contato com indivíduos que foram expostos a ambientes potencialmente contaminados devem utilizar máscara de proteção respiratória e luvas, além de procurar uma unidade de saúde.
Como medida de segurança, para evitar que a situação se espalhe, as autoridades estão mantendo vigilância sobre o vírus em pelo menos 15 cidades em cinco províncias da China.
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