Clínica Geral

Fique alerta: álcool em gel também oferece riscos

Por Redação Doutíssima 07/04/2015

O álcool em gel surgiu como alternativa mais segura para a versão líquida. É usado, na maior parte das vezes, para higienização das mãos. Sua utilização ganhou força há alguns anos, quando a gripe A acendeu a luz amarela para a necessidade de prevenção.

 

Mesmo sendo apresentado como uma forma mais segura, o álcool em gel requer alguns cuidados, pois não deixa de ser uma substância inflamável, o que gera perigos para as pessoas.

Atualmente, em diversos espaços de circulação de pessoas, é possível encontrar frascos do gel, no trabalho, em escolas, restaurantes e comércio. Por isso, é necessário redobrar os cuidados, principalmente com crianças.

alcool em gel

Versão em gel do álcool é inflamável e pode lesionar a pele por uso constante. Foto: iStock, Getty Images

Álcool em gel causa queimaduras

Não se pode esquecer que o álcool em gel pode incendiar facilmente e causar queimaduras graves e até mesmo fatais. As embalagens, no geral, não são seguras, e a maior parte das marcas não possui travas de segurança, permitindo que os pequenos as abram com facilidade.

Por acreditar que a versão em gel não oferece riscos, muitos pais ou responsáveis acabam negligenciando os cuidados que deveriam ter. E não são somente os perigos de queimaduras que o álcool em gel oferece. Há também riscos dermatológicos, ou seja, podem ocorrer lesões de pele por causa do uso constante e em excesso.

 

As lesões mais frequentes são as dermatites de contato, que se manifestam por meio de vermelhidão, coceira e ardência local. Ao menor sinal de qualquer um desses problemas, a orientação é buscar ajuda médica imediatamente.

Álcool em gel no ambiente de trabalho

Os ambientes de trabalho também podem ser cenários em que o risco de acidentes com álcool em gel podem ocorrer. Os cuidados com o uso do gel devem ser os mesmos que seriam tomados com a versão líquida.

O alerta vem da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR), que já registrou acidentes sérios, inclusive com morte. Em 2009, uma trabalhadora faleceu em decorrência de queimaduras com o álcool gel. Ela foi abastecer o equipamento que serve para aquecer alimentos, o rechaud, e não viu que ainda havia chamas.

A trabalhadora sofreu queimaduras em 70% do corpo e morreu 20 dias após o acidente com infecção generalizada. A SRTE faz um alerta de que jamais o álcool deve ser jogado sobre as chamas, mesmo que esteja em forma de gel. No caso da trabalhadora, a garrafa foi pressionada e solta em seguida, o que gerou vácuo – foi quando houve a explosão.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão fiscalizador, realizou a interdição cautelar de um lote do produto. Laudo analítico emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) indicou resultados insatisfatórios nos ensaios de rotulagem primária e no teor de álcool etílico.

 

 

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