Clínica Geral

Febre em criança: quando ligar para o pediatra

Por Redação Doutíssima 10/05/2015

A febre em criança é sempre um sinal que deixa qualquer pessoa preocupada, especialmente as mães. Ela gera um quadro de ansiedade que pode levar a atitudes erradas, equivocadas, na maioria das vezes. Calma. A febre é, na maior parte das ocorrências, mais normal do que você pode imaginar.

Primeiro, é importante entender o que é a febre e por que ela acontece. Trata-se de quando o corpo apresenta uma temperatura superior a 37 graus centígrados. Ela é uma reação do organismo, um sinal de defesa a algum ataque. E é aí que as mães se assustam quando ocorre a febre em criança pequena.

febre em crianca

A febre é algo comum em crianças pequenas e pode ser tratada de maneira simples. Foto:iStock, Getty Images

Febre em criança é sintoma frequente

“A febre em criança é o sintoma mais frequente nos consultórios, responsável por 30 a 40% dos atendimentos em pronto socorro e 20 a 30% nos consultórios médicos”, afirma o pediatra Tadeu Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

De acordo com ele, 75% das mães procuram atendimento médico em menos de 24 horas ao constatar a febre em criança. Ele garante que não há essa necessidade, pois sendo um sintoma frequente na criança pequena, ele pode ser tratado de forma simples.

 

A única situação em que um quadro de febre exige atendimento médico imediato é se a criança tiver menos de dois meses de idade. “Nesse caso, tem de ir na hora para o pronto socorro”, avisa Tadeu.

Outro fator bem determinante, de acordo com Fernandes, é que as crianças, atualmente, vão cada vez mais cedo para a escolinha e estão mais expostas a viroses, que podem causar febre. Por isso, os pais devem ter mais calma ao lidar com febre em criança.

Tratamento da febre em criança

Na ânsia por ver a febre ir embora, muitos pais cometem um erro bastante comum: intercalar antitérmicos. Isso está totalmente errado, segundo Fernandes.

Para ele, basta o tratamento com um tipo de antitérmico entre os três mais usados: ibuprofeno, paracetamol e dipirona, a cada quatro horas. “Todos eles agem da mesma forma, não é necessário intercalar, pois isso vai gerar uma confusão desnecessária”, arremata.

E depois de medicar a criança, continua o médico, o mais importante é dar um banho e colocar roupas leves, não super agasalhar. A criança deve tomar bastante água, pois a hidratação é fundamental no combate à febre. “O banho não pode ser gelado, do contrário pode haver um choque térmico que causa até morte”, avisa Fernandes.

O sinal de alerta na febre, diz Fernandes, é quando o quadro ultrapassa as 24 horas e há mudança no estado geral do pequeno. “Se a criança ficar ‘largadinha’, com respiração ofegante, a orientação é levá-la ao médico”, explica.

Mas, mesmo esse quadro não precisa assustar os pais. De acordo com o pediatra, 90% desses casos são de virose. “E isso costuma deixar os pais bem furiosos, quando o médico diz que o filho está com virose, pois eles interpretam isso como se o médico não soubesse dizer o que a criança tem. Mas, realmente, vai ser virose”, diz.

E, se 90% dos casos são de virose, continua Fernandes, apenas 10% serão de origem bacteriana. Então, conclui, os pais não devem se desesperar num primeiro momento, mas tomar as atitudes necessárias de acordo com as orientações dadas.

 

 

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