A descoberta de um câncer em estágio inicial aumenta em cerca de 90% as chances de cura, de acordo com as estimativas. Por isso, ficar atenta aos sintomas da doença é a melhor forma de preservar a sua saúde. É justamente este o propósito do Dia Mundial do Câncer de Ovário, celebrado em 8 de maio: fornecer informações sobre os fatores de risco dessa patologia.
O câncer de ovário é perigoso, pois surge silenciosamente. Ele é um dos tipos de câncer mais difíceis de identificar e com um alto índice letal. De acordo com um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano de 2014 foram contabilizados 5.680 casos de câncer de ovário, mais da metade já em estágio avançado.
No mundo, cerca de 250 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de ovário por ano e 140 mil desses casos terminam em morte. Por esse motivo, neste dia 8 de maio, 26 organizações não-governamentais (ONGs) de 17 países diferentes estão se unindo para conscientizar todas as mulheres sobre a importância de consultar o médico periodicamente.
Saiba como prevenir o câncer de ovário
Os sintomas do câncer de ovário dificilmente se manifestam no estágio inicial da doença. É aí que está o perigo, visto que é muito fácil confundir os principais sinais desse câncer ou não levá-los a sério. Geralmente, os indícios começam com dores nas costas, inchaço e fadiga.
Especialistas recomendam que as mulheres fiquem atentas quando um ou mais sintomas se manifestam ao mesmo tempo, por mais de três semanas. Dores na barriga ou pélvis, dificuldade para comer e necessidade urgente de urinar frequentemente também podem ser indícios de um câncer de ovário.
Prevenir essa doença pode ser difícil, mas não é impossível. Uma das melhores formas de evitar é fazer uma avaliação genética, especialmente se tiverem ocorrido outros casos de câncer na família. Assim, o médico poderá calcular as suas chances de desenvolver a doença.
Se você tiver uma alta propensão ao câncer de ovário, é possível recorrer à cirurgia, como fez a atriz Angelina Jolie em março. A retirada dos ovários e das trompas de Falópio implica na impossibilidade de gravidez, mas pode reduzir o risco da doença entre 40% e 70%. Após a menopausa, o risco de câncer de ovário é reduzido em até 90%.
Estudos divulgados neste ano por pesquisadores britânicos da UK Collaborative Trial of Ovarian Cancer Screening sugerem que um simples exame de sangue pode detectar o câncer de ovário. Exames feitos em 46 mil mulheres apontaram que em 86% dos casos foi possível detectar a doença através do teste sanguíneo. O resultado evidencia a importância das mulheres se submeterem a um check-up periódico.
Tratamento do câncer de ovário
Se você for diagnosticada com câncer de ovário, o primeiro passo é conversar com um oncologista ginecológico experiente, para avaliar quais são as melhores opções de tratamento. Fatores como o desejo de ter filhos, idade e estágio do câncer também influenciam na forma de tratar a doença.
A remoção dos ovários é o tratamento mais eficaz contra o câncer. Os medicamentos presentes na quimioterapia também auxiliam no combate à doença. Mas tudo pode variar, dependendo do caso. O mais importante, em todas as hipóteses, é investir na qualidade de vida durante o processo. Meditação ou yoga ajudam a relaxar e aliviar o estresse.
Lembre-se: sempre que desconfiar de algum sintoma, procure um médico!
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