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Saiba como diagnosticar a demência frontotemporal

Por Redação Doutíssima 22/06/2015

Talvez você nunca tenha ouvido falar de demência frontotemporal, mas ela é uma doença que atinge a parte do cérebro responsável pelo desenvolvimento da linguagem e senso de organização e planejamento. Com sua presença, também fica afetado o comportamento do doente, que pode mudar repentinamente de introvertido para extrovertido ou vice-versa.

 

Demência é uma palavra originada do latim que significa falta ou diminuição da mente. Existem vários tipos da doença (incluindo Alzheimer) que causa perda ou redução da capacidade mental, seja ela temporária ou permanente. O processo pode afetar tanto o paciente a ponto de ele perder totalmente a autonomia para realização de tarefas simples.

demencia frontotemporal

Comportamentos inadequados e repetitivos podem ser sinais de tipo de demência. Foto: iStock, Getty Images

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas morrem de algum tipo de demência a cada ano. Também são registrados, anualmente, cerca de 7,7 milhões de novos casos da doença.

Desses afetados, a OMS estima que entre 60% e 70% são pessoas com Alzheimer. A organização ainda calcula que entre 5% e 8% das pessoas com mais de 60 anos são acometidas em algum momento da vida.

Demência frontotemporal é degenerativa

De acordo com o National Health System (sistema de saúde) do Reino Unido, a demência frontotemporal é causada pelo acúmulo anormal de proteínas nos lobos frontais e temporais do cérebro. Nesses casos, a substância acumulada se torna tóxica e começa a atacar as células cerebrais.

O que causa essa acumulação atípica de proteínas ainda não é identificado. O órgão cita que esse tipo de demência tem ligações genéticas e estima que até 40% dos casos tem histórico da doença na família.

 

demência frontotemporal 

Sinais da demência frontotemporal

O sistema de saúde britânico lista os sintomas da demência frontotemporal como:

– Comportamento inapropriado em público

– Impulsividade

– Perda de inibição

– Ingestão excessiva de alimentos, mudança repentina de preferências alimentares e más maneiras à mesa

– Negligência da higiene pessoal

– Irritabilidade e agressividade

– Frieza

– Egoísmo

– Comportamentos repetitivos ou obsessivos

– Falta de entusiasmo

– Confusão e troca de palavras com significados distintos

– Dificuldade de formar frases

Esses comportamentos só indicam a possibilidade de demência frontotemporal quando surgem repentinamente. É importante observar as mudanças de comportamento em geral, já que os sintomas variam de pessoa para pessoa.

Se você perceber qualquer alteração de comportamento ou hábito de alguém próximo, leve a pessoa para uma consulta médica. Apenas médicos especialistas e neurologistas podem avaliar a saúde mental e informar um diagnóstico correto.

Como lidar com a demência

Infelizmente, casos de demência frontotemporal não têm cura nem tratamento que impeça a evolução da ação destrutiva no cérebro. Portadores da doença podem tomar antidepressivos para estabilizar o comportamento social.

Na maioria dos casos de demência, é recomendado que o paciente se mantenha ativo física e mentalmente, com terapia ocupacional ou atividades terapêuticas. A terapia com psicólogos também é recomendada não só para o paciente, mas para os familiares ou envolvidos, com a finalidade de minimizar o impacto de uma doença fatal.

Algumas instituições de saúde oferecem grupos de apoio para familiares de pessoas com doenças degenerativas do cérebro. Se você precisa de ajuda para lidar com a situação, procure auxílio perto de você.

 

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