No centro de batalhas nutricionais, a carne vermelha é tida como vilã em alguns momentos e como rica fonte de vitaminas em outros. Ela pode ser referência quando o assunto é a vitamina B12, por exemplo, uma importante fonte de energia. Quem a defende afirma se tratar de uma excelente opção para renovar a vitalidade e para enfrentar as tarefas do cotidiano.
A carne vermelha, ainda, é apontada como propulsora de energia ao metabolismo, assim pode ser uma importante aliada na disposição para a prática de exercícios físicos.
Em média, uma porção de carne vermelha contribui com seis vezes mais vitamina B12 do que o frango e três vezes mais do que as carnes suínas. Em comparação a ovos, leites e queijos, a quantidade também é superior.
“A vitamina B12 é essencial para a formação de novas células e incluir a carne vermelha na alimentação ajuda a suprir as necessidades desse nutriente, garantindo mais disposição”, ressalta a nutricionista Cynthia Antonaccio, sócia-diretora da clínica Equilibrium.
Quantidade diária de carne vermelha
A dose diária indicada de B12 é de dois microgramas (mcg) para adulto. Uma porção desse tipo de carne fornece mais da metade dessa quantidade.
Como recomendação, a especialista afirma que a carne, associada a vegetais e cereais, equilibra a refeição, tornando-a mais saborosa e nutritiva. No entanto, para que aconteça essa entrega, o alimento tem que ter passado por um rigoroso controle de qualidade.
“Temos bons motivos para inseri-la na alimentação, pois pode fazer a diferença na disposição para as atividades diárias e também na hora da malhação”, completa Cynthia.
Nesse tipo de carne, também são encontradas proteínas que contribuem para o crescimento de músculos, órgãos e todos os tecidos.
Quando a carne vermelha é a vilã
Por outro lado, há os especialistas que afirmam que esse tipo de carne é prejudicial à saúde humana. Sabe-se que tudo em excesso, é ruim. Não é diferente com a carne. A ciência já mostrou que há uma relação desse excesso com um aumento do risco de ocorrência de doenças cardíacas.
E uma pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine comprovou a relação entre a dieta vegetariana e a longevidade.
O estudo envolveu a análise de 73.308 homens e mulheres que foram separados em cinco grupos de acordo com o consumo alimentar: não vegetarianos, semi-vegetarianos, vegetarianos que ingerem peixes e frutos do mar, ovo-lacto-vegetarianos (que comem produtos derivados do leite e ovos) e veganos (que não comem nada de origem animal).
Essas pessoas foram acompanhadas por seis anos, e durante esse período os pesquisadores constataram 2.570 mortes entre os voluntários, sendo que os vegetarianos tinham um índice de mortalidade 12% menor do que os que comiam carne.
As conclusões da pesquisa levaram a crer que uma dieta vegetariana está relacionada a menos riscos de doenças crônicas a exemplo de diabetes, isquemia e complicações renais. Para os homens, os resultados foram ainda mais positivos.
Para quem realmente não abre mão da carne, a nutricionista Mariele Marcato, do Hospital San Paolo, faz um alerta. O melhor é consumi-la bem passada, sem torrar. Segundo ela, existem estudos que apontam que o consumo da crosta queimada pode aumentar consideravelmente o risco de um câncer.
E quem quer manter o nível de proteína e diminuir o colesterol, ao consumir carne vermelha, o aconselhável é dar preferência aos seguintes cortes: patinho, maminha, músculo, lagarto, filé mignon, coxão duro e coxão mole. De acordo com Mariele, eles possuem uma quantidade de gordura parecida com a do frango, dependendo da forma como o alimento é preparado.
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