Sexualidade

Flibanserina: droga é testada para aumentar libido feminina

Por Redação Doutíssima 09/07/2015

Você provavelmente já ouviu falar no Viagra, a pílula azul utilizada por homens com problema de disfunção erétil. Uma das causas desse problema é a falta de libido, que agora também pode ser tratada em mulheres por meio da flibanserina, uma substância que promete reacender o fogo na relação.

 

Chamada de “pílula rosa”, em alusão ao medicamento masculino, ela está próxima de ser comercializada nos Estados Unidos.

flibanserina

A pílula rosa é um medicamento que está sendo testado para tratar falta de libido. Foto: iStock, Getty Images

A droga age diretamente no cérebro das mulheres, regulando os níveis dos neurotransmissores responsáveis pelo humor. Diferente da libido dos homens, a feminina não é espontânea, mas muito complexa, dependendo de fatores externos para conquistar um estímulo, como a própria saúde física e emocional.

 

Atualmente, a flibanserina está sendo testada para melhorar a sensação de desejo. Saiba mais.

 

O que é a flibanserina?

Mulheres com ausência de desejo por sexo ou com libido reduzida foram testadas ao utilizar flibanserina.

 

Elas reclamavam sofrer com essa condição, denominada desejo sexual hipoativo. Mais de 11 mil pessoas do sexo feminino, com média de 35 anos de idade, integraram um estudo da Boehringer Ingelheim, uma empresa farmacêutica alemã. Todas elas faziam parte de uma relação estável e monogâmica.

 

Por duas vezes, a substância teve sua comercialização negada pela Food and Drugs Administration (FDA), órgão responsável por regular a produção de medicamentos nos Estados Unidos.

 

A alegação que impossibilitava a venda eram os estudos, que apontavam a baixa eficácia do produto quando comparado ao placebo, medicamento utilizado em diversas terapias, inclusive para libido.

 

Em 2015, após as negações para a Boehringer Ingelheim, a droga passou a ser estudada pela Sprout Pharmaceuticals. Essa empresa tem seu foco no tratamento da falta de desejo por parte das mulheres, e investe maiores recursos às terapias com flibanserina.

 

Representantes da FDA aprovaram, por 18 votos a 6, a entrada do medicamento no mercado, desde que alertados os efeitos colaterais.

 

É necessário assegurar às mulheres que estão consumindo a substância de que elas podem sofrer de enjoo, sonolência, queda de pressão, tonturas e desmaios. Por isso, ainda serão realizados novos testes para que o medicamento seja finalmente liberado. Está prevista para agosto a decisão final sobre a implantação ou não da droga para tratamento da libido.

 

Como tratar a baixa libido sem flibanserina

Mais do que fatores orgânicos, é necessário que saúde mental também esteja funcionando bem para que a mulher tenha vontade de fazer sexo. Por isso, existem meios de estimular a libido no dia a dia, fugindo de vícios e se aproximando de uma alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos.

 

Mesmo sem a flibanserina, a mulher pode conquistar o prazer sexual quando evita o fast food, produtos industrializados, congelados e refrigerantes, que possuem alto teor de sódio e açúcar. Vitaminas, minerais e fibras podem ajudar o corpo a ser estimulado naturalmente, além de promover boa digestão e funcionalidade.

 

Álcool, cigarro e drogas também contribuem para deixar o sexo como uma das últimas opções na rotina. Fadiga, indisposição e estresse são consequências desses vícios, por isso, elimine-os.

 

As causas da falta de libido também podem estar relacionadas a doenças cardíacas, arteriosclerose, hipertensão, diabetes, obesidade, mal de Parkinson, esclerose múltipla, síndrome metabólica, lesões medulares, uso de antidepressivos e desidratação. Consulte sempre seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!