Você está dormindo e ouve aquele zumbido. Não demora para que doenças como dengue, zika e febre chikungunya venham à mente. Ficou preocupado? Calma, vale pensar duas vezes antes de entrar em desespero. É possível que o barulho seja do culex, o famoso pernilongo.
Aliás, você quais são as diferenças entre os dois? Embora possa parecer difícil identificar, conhecer algumas características e hábitos pode ajudar na missão. Basta prestar atenção nos sinais.
Aprenda a identificar
O nome científico do pernilongo é Culex quinquefasciatus e ele é bem diferente do vilão Aedes aegypti. Para começar, o transmissor do zika vírus não costuma emitir um zumbido alto e sonoro, capaz de acordar uma pessoa no meio da madrugada.
O tamanho é outra dica para aprender a diferenciar os dois. Você certamente já viu um pernilongo, certo? O aedes costuma medir a metade do tamanho. Ou seja, é bem menor e mais difícil de enxergar.
Enquanto o mosquito da dengue gosta de procurar alimento especialmente durante a manhã e eventualmente ao término da tarde, o culex tem hábitos noturnos e está sempre pronto para atrapalhar o seu sono.
A aparência e o modo de agir também estão entre as diferenças. Enquanto o aedes é preto com bolinhas brancas e ataca em silêncio, sem deixar marca ou coceira, o culex é marrom e deixa aquela marquinha vermelha na sua pele.
Ele também é mais lento e demora para voar para longe do alvo, pois repete rotas circulares ao redor da sua cabeça. É por esse motivo que mesmo no escuro é viável pegar um pernilongo com as mãos, apenas tendo como senso de orientação o barulho que ele emite.
Água suja e com dejetos é o lugar ideal para o culex
Ambos são considerados pelos pesquisadores como os mosquitos mais urbanos do mundo. As duas espécies convivem no mesmo ambiente de maneira tranquila. Porém, o aedes gosta de colocar seus ovos em locais com água limpa – embora ele comece a se adaptar a outras opções.
Já o pernilongo segue o padrão contrário. Ele prefere espaços mais sujos, escuros e nojentos, como os esgotos, e deposita seus ovos diretamente na água. O aedes desova na parte úmida do recipiente, próxima à lâmina d’água.
Os ovos do inseto transmissor da dengue podem continuar até um ano no seco e ainda assim eclodirem, dando origem a novos mosquitos. A solução é não oferecer lugares para que isso aconteça.
Tanto o culex quanto o aedes vivem perto das residências, onde há maior concentração de indivíduos. Dentro da sua casa, verifique se há mosquitos em plantas de plástico, atrás e embaixo de móveis e cortinas, nas persianas e em locais com pouca luminosidade. Também vale apelar para repelentes e o mosquiteiro.
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