Você já ouviu falar em bondage meditativo? A união das duas práticas pode até parecer estranha em um primeiro momento, mas é alternativa para quem deseja combinar espiritualidade e sexualidade. Tudo, é claro, desde que ambos os parceiros estejam de acordo.
O que é bondage meditativo?
A técnica consiste em ficar totalmente amarrado para conquistar um estado de relaxamento. Escolas filosóficas orientais de séculos passados que lidam com práticas de meditação mencionam que ser amarrado é capaz de acalmar o corpo e a alma.
O conceito parte do pressuposto de que dar ou receber dor pode levar a um estado alterado de consciência. Com isso, o bondage meditativo é sobre centrar suas energias vitais e desenvolver harmonia e equilíbrio para a vida.
Para casais, o aprendizado da técnica ajuda a estabelecer uma relação de confiança entre ambos, o que pode ajudar na hora de aliar meditação e sexo. Também são discutidos conceitos de Mushin e Wu Wei e como eles se aplicam à escravidão e à respiração diafragmática.
Essa técnica é semelhante com o Shibari, uma antiga forma japonesa de bondage com corda. A origem vem de Hojo-jutsu, uma arte marcial. No final dos anos 1800, o Hojo-jutsu evoluiu e passou a se chamar Kinbaku, a arte de bondage erótica que também usa cordas para promover o relaxamento.
Bondage pode ajudar a relaxar?
Se há quem veja o bondage como uma técnica agressiva, estudos mostram que práticas semelhantes podem oferecer aspectos positivos em uma esfera espiritual. Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine descobriu que os praticantes de BDSM possuíam traços psicológicos mais positivos do que o público em geral.
Os praticantes relataram se sentir menos neuróticos, mais extrovertidos e menos sensíveis à rejeição. Um segundo estudo, conduzido por pesquisadores da Northern Illinois University, dos Estados Unidos, entrevistou 22 participantes e verificou que dada a dor, os níveis de cortisol subiram durante o ritual.
Apesar disso, algo estranho aconteceu: eles relataram sentir menos estresse. Esse efeito pode não ser tão diferente do que as pessoas experimentam durante a ioga ou mesmo durante a meditação. O córtex pré-frontal dorsolateral é responsável, em parte, por distinguir as sensações.
Se menos sangue flui para o cérebro durante essas experiências intensamente dolorosas, o resultado pode ser um sentimento de unidade. Por isso, a prática que mistura bondage e meditação pode ser realmente favorável para as pessoas.
Mas é claro que para isso elas precisam estar confortáveis com a ideia e plenamente convictas de seus benefícios. Participantes indicam que por mais que a ideia principal não seja sexual, é possível ter benefícios relacionados.
O ato de estar amarrado pode causar maior excitação e ajudar a melhorar a sua relação sexual. Converse com seu parceiro sobre o assunto e, se ambos estiverem dispostos a experimentar, quem sabe essa não seja a chance de apimentar o relacionamento.
E aí, o que você achou do bondage meditativo? Já pensou em experimentar? Deixe a sua opinião nos comentários.