Quem luta para engravidar provavelmente tem muitas perguntas. Principalmente se está tendo dificuldade para conseguir e suspeita que é infértil. A verdade é que as causas da infertilidade feminina podem ser muito difíceis de diagnosticar, mas a boa notícia é que atualmente há muitos tratamentos disponíveis para esse problema.
Segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado infértil um casal que não é capaz de conceber após 12 meses de relações sexuais sem proteção. De acordo com o órgão, isso ocorre com um em cada 10 casais no Brasil, e afeta 60 milhões de parceiros ao redor do mundo.
O que causa infertilidade nas mulheres?
A infertilidade é a incapacidade de engravidar após relações sexuais desprotegidas regulares. Ela também pode se referir à incapacidade biológica de um indivíduo de contribuir para a concepção ou de uma mulher incapaz de levar uma gravidez adiante.
Há muitas razões que explicam a infertilidade nas mulheres. Algumas delas são impossibilidade de ovular, trompas de falópio bloqueadas, óvulos de má qualidade, forma do útero e endometriose. Quando há problemas de ovulação normalmente eles são causados pela síndrome do ovário policístico – desequilíbrio hormonal capaz de interferir nesse processo.
Em alguns casos é inviável identificar a razão. Trata-se da chamada infertilidade inexplicada. Vale ainda estar atenta a fatores de risco do problema. Aumento de idade pode significar declínio na qualidade e quantidade de óvulos. Fumar é capaz de danificar o colo do útero e as trompas de falópio, além de aumentar os riscos de gravidez ectópica e aborto.
Estar com sobrepeso ou abaixo do peso significativamente muitas vezes também dificulta a ovulação. Diversas pesquisas indicam que um índice de massa corporal (IMC) saudável é capaz de aumentar a frequência de ovulação e probabilidade de gravidez.
Além disso, uma pesquisa publicada na revista Human Reproduction revela que o estresse pode afetar a fertilidade feminina. Segundo esse levantamento, casais relaxados são mais propensos a engravidar se comparados a casais tensos ou estressados.
Como diagnosticar e tratar uma mulher infértil
A avaliação da infertilidade deve ser feita por um profissional. É bastante provável que ele queira avaliar você e seu parceiro para identificar as potenciais causas do problema e os possíveis tratamentos.
O exame físico é semelhante ao exame pélvico regular. O ultrassom pode ser utilizado para olhar ovários e úteros. É possível ainda a realização de exames de sangue para verificar hormônios – principalmente durante o ciclo menstrual.
Além disso, há um teste especial capaz de ver se as trompas de falópio estão abertas – chamado histerossalpingografia. Em alguns casos é possível a realização de pequenas cirurgias para olhar o interior do corpo. Elas ajudam a encontrar problemas como miomas, capazes de interferir na fertilidade.
O tratamento depende de fatores como resultado de exames, idade, tempo de tentativa de gravidez e outras decisões, inclusive financeira. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva indica que 90% dos casos de infertilidade são tratados com medicamentos ou cirurgia.
Os medicamentos visam desencadear a ovulação, mas são capazes de aumentar o risco de gravidez múltipla. A cirurgia serve para desbloquear as trompas de falópio ou retirar miomas, dentre outros problemas.
Há ainda a alternativa de inseminação intrauterina, método no qual os espermatozoides são diretamente inseridos no útero com uma seringa. Uma outra opção é a reprodução assistida, na qual os ovos são fertilizados com o esperma em laboratório e, na sequência, inseminados no organismo da mulher.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!