O hipotiroidismo é uma doença que afeta a produção dos hormônios na tireóide e é relativamente comum. Cerca de 5 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a disfunção, e a doença acomete mais mulheres do que homens (relação de 4 mulheres diagnosticadas para cada homem) e pessoas entre 40 e 60 anos. O hipotiroidismo costuma acontecer por uma inflamação crônica na tireóide, como consequência de uma cirurgia que retirou parte ou toda a glândula e tratamentos para hipertiroidismo.
Nos primeiros estágios da doença, os sintomas são muito leves ou inexistentes. Só com o desenvolvimento do hipotiroidismo é que o portador começa a sentir sintomas como cansaço e desânimo, movimentos lentos, aumento de peso ou dificuldade de perdê-lo, intolerância ao frio, sonolência, memória fraca, dores, cabelos e pele secos, unhas fracas e queda de cabelos, irregularidade menstrual, depressão, irritabilidade e inchaço. A intensidade dos sintomas varia conforme o grau da deficiência. Para diagnosticar, é preciso um exame laboratorial prescrito por um médico – o aumento da tireóide pode ser sentido e contribui para o diagnóstico.
Não se preocupe, o hipotiroidismo é tratável. O tratamento padrão é a reposição oral do hormônio em forma de medicamento, que normaliza os níveis sanguíneos. É importante prestar atenção para a dosagem correta. Apenas o médico pode controlar a dosagem, e é preciso segui-la à risca. Se a ingestão de hormônio for muito baixa (menos medicamento do que prescrito), os sintomas poderão retornar, o colesterol corre risco de aumentar e a obstrução das artérias torna-se um futuro mais provável. Se ingerido em excesso, pode acontecer uma perda de cálcio nos ossos, tornando-os mais frágeis, e sintomas como nervosismo, palpitações, insônia e tremores poderão ser sentidos.
Pacientes com hipotiroidismo tem o metabolismo mais lento, então a ingestão de uma dieta balanceada torna-se importante para controlar o aumento de peso. A dica dos nutricionistas é dar preferência a alimentos menos calóricos e mais fáceis de digerir, optar por leites e iogurtes desnatados, queijos magros e alimentos ricos em fibras. Quando for comer frutas, também consuma o bagaço e a casca. Para auxiliar o trabalho da tireóide, aumente a ingestão de alimentos ricos em selênio (como peixes, castanhas e nozes, alho, cebola, pepino e cogumelos), zinco (leguminosas, frutos do mar e cereais integrais) e ferro (carnes, folhas escuras como espinafre e couve). E procure evitar água clorada, sucralose, sucos verdes, soja, repolho, brócolis e couve-flor. Para uma dieta balanceada especial para o seu caso, procure um nutricionista!
Fonte: Instituto da Tiroide
