A dúvida é recorrente e muitas pessoas não sabem o que fazer após esse tipo de intervenção cirúrgica. Veja a opinião de um especialista no assunto e não erre!
Sabemos hoje que a cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz para controle da obesidade severa, mas não podemos esquecer que o tratamento não se resume somente ao ato cirúrgico. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentam maior risco de desenvolver deficiências nutricionais pela limitação na ingestão e absorção de diferentes nutrientes, essenciais ao bom funcionamento do organismo.
Os benefícios metabólicos desses micronutrientes no controle da perda de peso incluem a regulação do apetite, da fome, da absorção de nutrientes, da taxa metabólica, do metabolismo de lipídios e carboidratos, das funções das glândulas tireóide e suprarrenais, do armazenamento de energia, da homeostase da glicose, de atividades neurais, entre outros. Assim, sua adequação é importante não só para a manutenção da saúde, mas também para obter o máximo de sucesso na manutenção da perda de peso a longo prazo.
Devido à possibilidade de vômitos no pós-operatório imediato, à redução da absorção intestinal (dependendo da técnica) e à nova rotina alimentar com grande diminuição do volume ingerido, um acompanhamento nutricional é necessário a fim de se prevenir possíveis deficiências, repô-las caso necessário e dessa forma realizar um processo de reeducação alimentar eficaz.
Pós cirurgia Bariátrica:
O suporte nutricional deve ser feito durante todo o tempo de adaptação à nova rotina alimentar do paciente. Aprender a fazer escolhas saudáveis, consumir alimentos nutricionalmente adequados (mesmo em pequenos volumes), adaptar o cardápio diário às necessidades individuais são alguns dos objetivos para se prevenir as deficiências nutricionais e garantem o sucesso do tratamento.
Vale lembrar que antes mesmo de qualquer intervenção cirúrgica, a obesidade pode estar associada a deficiências nutricionais subclínicas que podem ser agravadas após as alterações anatômicas e fisiológicas provocadas no trato gastrointestinal. Assim, a suplementação nutricional torna-se uma alternativa terapêutica necessária, contribuindo para a perda de peso de forma saudável e que deve, portanto, ser avaliada de forma individualizada.
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