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Você já ouviu falar de endocardite? Conheça esta doença causada pela entrada de bactérias no coração

Por Redação Doutíssima 21/04/2014

Endocardite é o nome dado às afecções (infecciosas ou não) do endocárdio. O coração é um órgão formado por três camadas: pericárdio (externa), miocárdio (medial) e endocárdio (a interna), da qual fazem parte as válvulas cardíacas. A endocardite geralmente se localiza nas válvulas do coração, mas pode ser encontrada também em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada como aguda ou subaguda.

Grande parte delas tem uma origem infecciosa. A endocardite aguda caracteriza-se pela intensa toxicidade e progride muito rapidamente, podendo evoluir em dias para a morte. Ela costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, rins, pulmões, fígado e olhos. Já a endocardite subaguda tem evolução mais lenta, persistindo por meses e, na maioria dos casos, está associada a agentes etiológicos.

endocardite

Aguda ou subaguda, a endocardite geralmente se localiza nas válvulas do coração. Foto: Shutterstock

Os micro-organismos mais frequentemente associados à doença são bactérias, fungos, micobactérias, riquétsias, clamídias e micoplasmas. Por sua vez, os agentes mais comuns são estreptococos, estafilococos, enterococos e alguns germes gram-negativos. Há, ainda, reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças autoimunes, nas quais não se encontra um agente infeccioso.

Sintomas de endocardite

Os sintomas mais frequentes da doença são calafrios, suores (principalmente noturnos), emagrecimento, falta de ar, tosse, astenia (perda ou diminuição da força física), confusão mental e dores diversas.

Alguns pacientes também relatam febre, sopro no coração, mudanças dos sopros cardíacos, agravamento súbito de doença cardíaca preexistente, alterações neurológicas, embolias arteriais ou pulmonares, aumento do baço e manifestações periféricas (em pele, unhas e fundo do olho).

As pessoas mais propensas à patologia são aquelas que apresentam lesões valvulares do coração, sejam elas congênitas ou adquiridas. No entanto, o problema também pode surgir depois de procedimentos invasivos, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas e manipulação de abscessos. Pessoas que fazem uso de drogas injetáveis também integram o grupo de risco.

Diagnóstico

O diagnóstico de endocardite parte da suspeita do médico naqueles pacientes que têm febres prolongadas e sem outro diagnóstico que explique essa elevação da temperatura corporal. A suspeita aumenta quando há histórico de procedimentos cirúrgicos, dentários e uso de drogas.

Para um diagnóstico definitivo, o médico realiza exame clínico do sistema cardiovascular, verificando, principalmente, o surgimento ou a alteração em sopros anteriormente existentes, o aumento do baço, alterações ecocardiográficas e culturas do sangue.

Um dos exames mais utilizados no diagnóstico de endocardite é a ecografia transesofágica. Na maioria dos casos, há dificuldade em identificar o agente causador pelo sangue, principalmente devido ao fato da maioria dos pacientes estar recebendo antibióticos sem que o diagnóstico etiológico tivesse sido confirmado.

Tratamento

O tratamento da endocardite é realizado com antibióticos em doses generosas e durante um tempo prolongado (cerca de 30 dias). Depois de curada a infecção do coração, se houver alteração severas de alguma das válvulas, o paciente deve ser submetido ao procedimento cirúrgico para troca da válvula.

A endocardite hospitalar é aquela que ocorre em pessoas tratadas em hospital, que não foram submetidas a procedimentos sobre o coração e que, tendo ou não uma lesão cardíaca ou uma válvula artificial, desenvolvem endocardite atribuída ao uso de agulhas ou cateteres infectados, instrumentação ou cirurgia de vias urinárias ou digestivas.

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