Uma das formas mais eficazes para detectar precocemente o câncer de mama, a mamografia é o exame mais recomendado para as mulheres acima de 40 anos. Quando realizado por um profissional de saúde, o teste pode auxiliar a detectar tumores de até um centímetro, no caso de ser superficial.
Como é feita a mamografia
A mamografia é feita com o auxílio de um aparelho de raio-X chamado de mamógrafo. Durante o procedimento, a mama é comprimida de forma a fornecer imagens melhores, e, portanto, aumenta a capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado costuma ser discreto e suportável.
A mamografia nada mais é do que a radiografia da mama, a qual permite a detecção precoce do câncer e é capaz de mostrar lesões em fase inicial, mesmo que muito pequenas – questão de milímetros.
Efetividade da mamografia
Quando à efetividade da mamografia, é usado o exame clínico como adicional, o que torna difícil distinguir a sensibilidade do método como estratégia isolada de rastreamento. A sensibilidade pode variar de 46% a 88%, dependendo de fatores como o tamanho e a localização da lesão, além da densidade do tecido mamário, qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista.
Quanto aos benefícios advindos do exame, o uso da mamografia possibilita, principalmente, cerca de 30% de diminuição da mortalidade em mulheres acima dos 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas de rastreamento.
Autoexame e mamografia
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) não estimula o autoexame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama. No entanto, recomenda que o exame das mamas aconteça para que a própria mulher faça parte das ações de educação, promovendo a saúde e contemplando o conhecimento do próprio corpo.
As evidências científicas afirmam que o autoexame das mamas não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama, ao contrário da mamografia. Além disso, pode trazer consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, podendo chegar a falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.
Fatores de risco
A genética pode ser um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau, correspondente à mãe ou à irmã, foram acometidos antes dos 50 anos de idade. No entanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a cerca de 10% do total de casos.
Outro fator diz respeito a idade, podendo ocorrer um aumento rápido da incidência com o passar dos anos. Casos de primeira menstruação precoce, menopausa tardia, e a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos, além da situação de não ter tido filhos, constituem também fatores de risco para o câncer de mama e, ainda, razões para manter a mamografia em dia.
A importância da mamografia
O câncer de mama é, sem dúvida, o mais temido pelas mulheres, isso por causa da sua alta frequência e, sobretudo, por seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a autoimagem.
A doença costuma ser rara antes dos 35 anos de idade, mas, acima desta faixa etária, sua incidência cresce rápida e progressivamente. Com a mamografia, você poderá prevenir o câncer de mama, mas o exame deverá se tornar uma rotina anual para que sua eficácia seja notadamente sentida.
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