Nutrição

Dieta paleolítica propõe jejum prolongado

Por Redação Doutíssima 13/05/2013

Um dos planos alimentares mais comentados dos últimos tempos é a dieta paleolítica. O seu objetivo é adotar hábitos alimentares de nossos ancestrais do período paleolítico – que habitaram o planeta de dez mil a 2,5 milhões de anos atrás.

Ou seja, é preciso evitar todos os alimentos que não estavam disponíveis para os homens das cavernas. Mas, assim como qualquer cardápio restritivo, esse modelo de alimentação exige cuidados.

Como funciona a dieta paleolítica?

Nossos ancestrais eram caçadores-coletores. Todos os seus alimentos vinham do que eles podiam caçar e encontrar em seu habitat. Para os seguidores desse tipo de dieta, os seres humanos ainda não evoluíram biologicamente após a Era Paleolítica e por isso não devem comer alimentos produzidos depois dessa época.

A dieta paleolítica, também conhecida como dieta paleo, inclui muitas proteínas – principalmente as obtidas a partir de fontes animais. Para segui-la, você precisa consumir apenas aquilo que não passou pelo processo de industrialização.

Como isso é praticamente impossível nos tempos atuais, é adotada uma versão alternativa. Ela consiste em comer muita carne de animais, peixes e frutos do mar. Esse regime alimentar deve ser complementado com ovos, nozes, sementes, frutas e legumes.

Devem ser evitados todos os produtos lácteos, os grãos (trigo, arroz, quinoa e aveia), tubérculos (batata e batata doce), leguminosas (feijão e amendoim), sal, açúcar e, obviamente, os alimentos processados. O jejum intermitente é outro ponto característico.

Nossos ancestrais não comiam cinco a seis pequenas refeições por dia. Pelo contrário, eles usavam o jejum intermitente e provavelmente se alimentavam cerca de duas vezes por dia. é o que os adeptos da dieta fazem.

A dieta paleolítica privilegia o consumo de carne

A carne é um dos principais alimentos da dieta paleolítica. Foto: Shutterstock

Dieta saudável x dieta restritiva

Um dos pontos positivos da dieta é o corte de açúcares e alimentos altamente processados – o que é capaz de ter reflexos positivos no organismo. Além disso, aumentar os níveis de atividade física é visto como parte integrante do plano.

Um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition sugere que a dieta pode levar à diminuição da circunferência da cintura e triglicérides no sangue após seis a 12 meses.  No entanto, ela tem algumas falhas.

Seguir estritamente a lista de alimentos permitidos ou não é problemático para a maioria das pessoas. Isso porque ela exclui uma grande quantidade de alimentos saudáveis. Descartando laticínios e grãos há o risco de perder uma quantidade significativa de nutrientes.

As maiores preocupações ficam por conta da forte possibilidade de deficiência em cálcio e da quantidade insuficiente de vitamina DVale dar bastante atenção ainda ao escolher os alimentos permitidos.

Por exemplo, se ao eleger as carnes você não optar por cortes magros, é provável que em pouco tempo veja aumentado o risco de problemas cardíacos. Justamente por isso é extremamente recomendável a orientação profissional para seguir um novo plano alimentar.

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