Relacionamento

Amor ou obsessão? Como identificar os limites

Por Redação Doutíssima 21/05/2013

Não há dúvida, é a pessoa certa. Você dorme pensando nela e acorda desejando estar com ela. Mas quando o amor passa a dar lugar a um sentimento obsessivo e perigoso, difícil de controlar? Nem sempre os limites parecem claros e é necessário estar atento.

Amor

Um amor saudável não gera a sensação constante de medo e ciúmes. Foto: iStock, Getty Images

Amor x obsessão: como diferenciar

Pessoas que sofrem com algum grau de ciúme doentio ou obsessão podem ser influenciadas pela opinião de terceiros. Especialistas também apontam que os homens são os mais afetados por esse tipo de distúrbio psiquiátrico, seja por razões culturais e até mesmo psicológicas.

De modo geral, a cultura ainda é de ensinar ao homem a ideia de dominação sobre a mulher, o que pode ter como consequência o desenvolvimento de relações abusivas, em que as individualidades são constante apagadas.

Em um relacionamento considerado normal (do ponto de vista da emoção), o sentimento não compromete a vida do casal, não existe a ideia de posse. Há casos, porém, em que a reação emocional é desmedida e o ciúme se torna uma constante perigosa.

Em casos extremos, é possível chegar à chamada Síndrome de Otelo, em que a obsessão é alimentada pela paranoia ou um transtorno crônico, mas também pode caracterizar grau de demência causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica ou deterioração do córtex cerebral.

A psicóloga Amélia Kassis explica que a origem do ciúme pode acontecer ainda na infância e por diversos fatores. “Nossa experiência com dezenas de casos mostra que, geralmente, a raiz de todo o ciúme patológico vem da infância do ciumento e baseia-se principalmente na relação estabelecida com o seu cuidador, seja pai, mãe, babá ou qualquer outra pessoa”.

Ela não conseguiu estabelecer o que se chama na psicologia de afeto seguro, vivendo constantemente o medo da perda e a solidão inerente, o que gera a sensação de que pode ser abandonado a qualquer momento.

Relacionamento abusivo não é sinônimo de amor

O relacionamento abusivo pode acontecer tanto em relações heterossexuais quanto homossexuais e a Lei Maria da Penha protege vítimas em ambos os casos. Confira os comportamentos que devem caracterizar um sinal de alerta.

Possessividade: ele tem ciúme dos seus amigos, colegas do trabalho e até mesmo familiares e passa a fazer restrições quanto ao seu convívio com essas pessoas.

Comportamento agressivo: contatos físicos ameaçadores e intimidadores. Não é necessário agressão física para demonstrar comportamento agressivo.

Abala sua autoestima: violência psicológica também faz parte do relacionamento abusivo. Acabando com a sua autoestima, o seu parceiro mantém o controle da situação e sobre você.

Manipulador: o parceiro consegue fazer você se sentir culpada quando o desobedece? Chantagens desse tipo também são características marcantes desse relacionamento.

Parece familiar? Você pode procurar ajuda ou denunciar ligando para o Disque 180, que é um canal especializado para atender violência contra a mulher. Os atendimentos são realizados 24 horas.

E aí, aprendeu a identificar se é amor ou obsessão? Fique atento!