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Conheça as vantagens e desvantagens da reposição hormonal

Por Redação Doutíssima 24/05/2013

A reposição hormonal tem sido usada como alternativa para combater os indesejáveis sintomas da menopausa. Nessa fase, a diminuição dos hormônios estrogênio e progesterona provoca ondas de calor, alterações no humor e na pele, queda na libido e muitas outras situações que afetam a qualidade de vida.

 

Antes de recorrer à reposição hormonal, há possibilidade de mudar, ou atenuar esse quadro por meio de uma mudança de estilo de vida, como uma alimentação balanceada, atividade física regular, entre outros hábitos. A orientação é do ginecologista e diretor científico da Federação  Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Nilson Roberto de Melo.

reposicao hormonal

Tratamento feito com hormônios pode ajudar a diminuir incômodos da menopausa. Foto: iStock, Getty Images

Mas de acordo com ele, nem sempre essas mudanças serão o bastante. Assim, entra em cena a reposição hormonal. O tratamento baseado nos hormônios pode ajudar a conquistar a qualidade de vida abalada com a chegada da menopausa, que, segundo o médico, deve ser enfrentada com naturalidade. Apesar de tantos benefícios, esse processo ainda provoca dúvidas.

Segundo Melo, a reposição hormonal tem o benefício de diminuir os incômodos provocados pela redução hormonal e também de prevenir doenças como a osteoporose (o estrógeno ajuda a fixar o cálcio nos ossos e, quando é reduzido devido à menopausa, as mulheres ficam mais sujeitas à osteoporose).

Reposição hormonal e Alzheimer

“Nos cinco primeiros anos após a menopausa, há uma queda mais acelerada na quantidade de massa óssea, podendo esta perda ficar entre 5% e 25%. A reposição hormonal ajuda a frear esse quadro”, explica o médico.

Melo ainda afirma que existem pesquisas e estudos que indicam que a terapia hormonal pode colaborar na diminuição do risco de desenvolver a doença de Alzheimer em cerca de 40%.

Para que a terapia com hormônios dê bons resultados, é preciso que seja feita no momento certo. Ela deve ocorrer entre seis e oito anos aos após o início da menopausa. É importante ainda que seja feita uma análise individual da paciente, o que vai indicar os melhores caminhos para o tratamento.

A presença de um cardiologista é exemplo dessa avaliação. “É muito importante que as mulheres saibam que a menopausa aumenta os riscos cardiovasculares. Muitas temem pelo câncer de mama, mas desconhecem que também podem estar sujeitas a sofrer um infarto ou um acidente vascular cerebral”, alerta o cardiologista Otavio Gebara.

Reposição hormonal natural e sintética

O sistema cardiovascular é afetado pela deficiência hormonal porque o estrógeno atua na proteção do coração e no tecido gorduroso. Para os médicos, algumas mudanças no estilo de vida ajudam não apenas a controlar os sintomas da menopausa, como também a afastar os riscos cardiovasculares.

Assim, além dos hábitos já citados no início desse texto, entram na lista: evitar o tabagismo e o abuso do álcool, aumentar o consumo de fibras e cálcio, evitar o sal em excesso e realizar atividades físicas.

Nos casos em que o tratamento hormonal é necessário, são indicadas terapias naturais (extraídas de substâncias animais) ou sintéticas (produzidas em laboratórios, a partir de substâncias químicas que “imitam” os hormônios naturais).

Entre os hormônios disponíveis no mercado brasileiro, há os estrogênios conjugados naturais, em formatos de cremes vaginais ou drágeas.

De acordo com os especialistas, os casos em que a terapia hormonal não é indicada, são aqueles em quem a paciente sofra de um câncer de mama, quadro de trombose, doenças cardíacas prévias e doenças do fígado. Por isso, a análise individual é tão importante para essa avaliação.

 

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