A pílula anticoncepcional revolucionou a sexualidade feminina. Com um esforço mínimo diário, as mulheres puderam ter a certeza de que estariam livres de gestações indesejadas. Desde o lançamento do medicamento, na década de 1960, até hoje, esse contraceptivo já evoluiu muito, da aceitação pela sociedade até a fórmula.
No entanto, a pílula não é exatamente só maravilhas. Feita com hormônios sintéticos que imitam os produzidos pelo corpo feminino, a composição clássica é a mistura entre estrogênio e progesterona. Essa combinação pode trazer alguns problemas leves ou graves para a saúde.
Aumento de peso, inchaço, sangramentos, dores de cabeça, enjoo, náuseas e perda do apetite sexual estão listados como possíveis efeitos colaterais do anticoncepcional oral.
Pílula e libido
Muitos medicamentos anticoncepcionais liberam hormônios que impedem a ovulação. Mas diversas mulheres relatam que perdem o desejo sexual, também chamado de libido, quando escolhem esse método contraceptivo.
Um artigo publicado no The Journal of Sexual Medicine analisou a produção de SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) pelo organismo. O estudo percebeu que mulheres que tomaram pílula tinham quatro vezes mais dessa substância se comparado às que nunca usaram esse método de contracepção.
O que o SHBG faz é ligar hormônios, como a testosterona, para que haja menor quantidade circulando e sendo absorvida no organismo. Mas justamente esse hormônio é o grande responsável pelo desejo sexual.
A ciência comprova que existe a diminuição do hormônio responsável pelo desejo, mas aquela vontade de estar nua debaixo das cobertas com alguém não é só uma questão química. A mente, através de sentimentos, também faz a sua parte e é por isso que nem todas as mulheres que tomam anticoncepcional notam alguma diferença na libido.
Risco de trombose
A pílula anticoncepcional aumenta os riscos de formação de coágulos e trombose. Esse fator é especialmente preocupante para mulheres que têm histórico familiar ou predisposição para esses problemas.
Um estudo publicado em 2015 no The British Medical Journal avaliou as chances de tromboembolismo, comparando mulheres que usam anticoncepcionais de segunda e terceira geração. O resultado apontou que o medicamento considerado mais moderno aumenta ainda mais as chances de coágulos e trombose.
O risco existe, mas ele é especialmente mais alto em casos de predisposição e quando há outros fatores prejudiciais da saúde como obesidade e tabagismo.
Alternativas para a pílula
Se o problema em tomar pílula são os efeitos provocados pela exposição contínua a hormônios, outros métodos com esse sistema também devem ser evitados. Injeções, adesivos, implantes, anéis e dispositivos intrauterinos hormonais não são boas opções.
A camisinha é o método mais popular de contracepção, já que previne também a contaminação de doenças sexualmente transmissíveis. Outras opções são o DIU (dispositivo intrauterino) de cobre e o diafragma associado ao uso de espermicida.
Em caso de dúvidas, a melhor forma de escolher um método para evitar a gravidez é conversar com um ginecologista. Apenas um médico pode avaliar a situação e os riscos oferecidos por cada opção.
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