Você sabia que Pacientes com Necessidades Especiais (PNE) contam com um especialista para tratar da saúde bucal? Entenda o motivo dessa função ser tão necessária, e os cuidados específicos que elas devem ter com essa região que pode ser a porta de entrada de outras complicações para a saúde.
Quem são os Pacientes com Necessidades Especiais
De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), 574 profissionais atuam na área de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais em todo o Brasil.
O número é baixo quando comparado com outras especialidades como ortodontia (13.059) ou odontopediatria (9.141 profissionais), o que justifica a dificuldade de essas pessoas encontrarem um atendimento especializado.
O atendimento não é direcionado apenas para pessoas com deficiência, como muitos pensam. Entende-se por “necessidade especial” toda e qualquer pessoa que precisa de um cuidado diferenciado em relação a sua condição.
São os casos de pessoas com deficiências e também patologias. Síndromes, diabetes descompensada, hipertensão, pacientes em quimio ou radioterapia, soropositivos, com doenças cardíacas específicas ou mesmo hepatites necessitam da especialização para realizarem o tratamento.
Importância da prevenção
A saúde dos Pacientes com Necessidades Especiais, devido à complicações ao longo dos anos, é mais fragilizada. Uma simples cárie ou um inicio de inflamação podem ser a porta de entrada de uma infecção e, alem de dores, podem trazer novos problemas de saúde. Por isso, a atenção deve ser redobrada.
Os cuidadores dos Pacientes com Necessidades Especiais que são completa ou parcialmente dependentes, devem ajudá-los a fazer a higiene bucal completa acompanhada de uma observação detalhada na boca para que qualquer alteração seja comunicada ainda no início.
Nos casos que incluem deficiência, essa recomendação é primordial porque muitos não possuem a capacidade de se expressar e indicar quando os dentes doem ou se há algo de errado na região bucal.
Pacientes com Necessidades Especiais: tratamento
Quando os PNE possuem patologias, exames são pedidos. A partir disso, o odontólogo elabora um plano de trabalho, o qual inclui, se necessário, intervenção medicamentosa e cuidados necessários para preservar a condição do paciente e evitar contaminação, em casos de doenças contagiosas.
É necessário seguir à risca todas as recomendações do especialista, bem como o plano de trabalho. Nos casos dos pacientes com deficiência intelectual ou paralisia cerebral, a experiência do profissional irá determinar a melhor abordagem do tratamento.
Há casos nos quais apenas uma conversa com o paciente e o profissional ajuda na relação de confiança para que o trabalho seja iniciado. Esse primeiro momento também serve para a familiarização com o ambiente incomum de um consultório dentário.
Nas situações em que a deficiência intelectual existe ou em pessoas com alterações neurológicas, nas quais é difícil controlar os movimentos, essas são sedadas, em clínicas especializadas. Em algumas situações, a aplicação da anestesia geral é a única forma que possibilita o tratamento.
Locais do serviço
Devido ao baixo número de profissionais especializados no atendimento de Pacientes com Necessidades Especiais, muitas pessoas não encontram o tratamento que necessitam. Algumas Universidades e Centros Universitários no país, assim como clínicas, prestam esse serviço.
Em caso de dúvidas, procure as entidades ligadas a pessoas com deficiência no seu município ou associações de tratamento de patologias para que essas possam indicar o melhor local para que você ou seu familiar possa receber o tratamento adequado.
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