Quando falamos da face do paciente, falamos em harmonia ou em proporção, que podem ser medidas ou são apenas vistas e apreciadas ou depreciadas. E nesse ponto, precisamos esquecer um pouco a posição de dentes e nos concentrar em linhas e ângulos formados pelas estruturas que compõe a face como: Lábios, Nariz, Olhos e ossos da face. Tudo isso para que você entenda melhor a harmonia da face.
Depois que já entendemos a face padrão I, já podemos começar a reconhecer os padrões considerados errados da face, com alterações em crescimento ósseo, repercutindo na face.
Quais as características do padrão II?
– Discrepância sagital entre a maxila e a mandíbula identificada, principalmente, na avaliação lateral da face. Quando olhamos o paciente de lado, vemos a maxila maior que a mandíbula.
– Convexidade facial aumentada em conseqüência do excesso maxilar, mais raro, ou pela deficiência mandibular. Paciente com “face de peixe” ou dando uma sensação de “boca cheia”.
– Normalmente, observa-se uma maxila com boa expressão na face, enquanto o terço inferior está deficiente e com a linha queixo-pescoço curta. Pode se ver um paciente com a maxila em perfeitas condições e um queixo para trás devido ter crescido pouco.
– Isso provoca alterações no lábio do paciente, rosto com características de que está sempre cansado.
– Pode provocar alterações respiratórias devido alterações de entrada e saída de ar, bem como de posicionamento errado de estruturas faciais.
Quero que fique na cabeça de vocês com a figura de um paciente padrão II. Confira tudo que falei nas características acima, e visualize na foto abaixo:
Com o final dessa nossa conversa de hoje, vamos poder entender que o Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, é um paciente padrão II e que é um caso considerado grave e deveria ser operado. Mas entendo que a cirurgia facial ortognática é ainda um pouco temerosa para muitos (mesmo sendo uma cirurgia segura).
