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Medo de dentista: saiba como ele pode afetar sua saúde

Por Isabela Marin 20/02/2014

Profissional explica que a ida com frequência ao consultório é a melhor forma de acabar com o medo de dentista, além de manter nosso sorriso perfeito.

medo de dentista

“Doutora! Morro de medo de dentista!” – sempre respondo “- mas eu sou boazinha…” E digo sempre sem exagero, porque é sempre mesmo! Incrível a frequência com a qual esta resposta persiste no consultório.

Sempre me perguntam sobre a importância da frequência ao consultório do dentista. O que é de hábito responder aos clientes é que a frequência deve ser semestral. Duas vezes ao ano é suficiente. A segunda questão é sempre a respeito do que é realizado nessa consulta.

Primeiro, uma avaliação geral dos dentes (se surgiu alguma lesão de cárie, se as restaurações continuam intactas) e, em seguida, confere-se a situação gengival (se há focos de inflamação, ou se está com tártaro). Depois se verifica as condições bucais (situação da bochecha, céu da boca, língua e lábios).

Normalmente é feita também a profilaxia, o que nada mais é do que uma limpeza dos dentes. Quando necessário, realiza-se remoção de tártaro, de algumas manchas que podem estar na superfície dos dentes e um polimento da superfície dentária. Aparentemente um procedimento simples, porém que faz toda a diferença.

Como acabar com o medo de dentista?

medo de dentista

Não há motivos para se ter medo de dentista! De fato, se as consultas ao profissional forem regulares a relação medo/dentista é diminuída. Se a consulta é simples, o procedimento é simples, qual o medo? O medo vem porque há uma cultura da qual a maioria das pessoas procuram o profissional somente em ocasiões de urgência. E a dor geralmente amedronta. Traumatiza.

Há doenças com sintomatologia dolorosa, que podem ser desde uma hipersensibilidade dentaria, um terceiro molar (“ciso”) incluso, retido, impactado, ou mesmo a necessidade de um tratamento endodôntico, entre tantas outras. Nesses casos, deve-se ficar atento ao estímulo que causa dor, se é ao ingerir água gelada, ao mastigar, ao quente, ou observar a frequência de dores de cabeça. Tudo isso ajuda o profissional no diagnóstico.

Porém, existem doenças sem sintomatologia dolorosa, ou seja, que não causam dor. E somente será detectada se houver uma consulta preventiva, ou, e nesse caso sempre com péssima previsão, quando a doença está avançada. É quando o medo de dentista pode prejudicar mais.

Neste caso se enquadram o câncer bucal e a doença periodontal como exemplos. O câncer pode ser uma mancha branca em mucosa, uma “afta” que não sara. Já a doença periodontal envolve tudo o que está em volta (“peri”) do dente: gengiva, osso de sustentação. Em sua evolução ela ativa células que reabsorvem osso de sustentação, fazendo que o dente fique sem suporte, “mole”.

Ao estudar essas doenças passei a considerar a dor um importante sintoma para a busca de um tratamento adequado. E sempre que o diagnóstico é feito inicialmente o prognóstico é sempre melhor.

Recentemente no consultório percebe-se uma campanha médica dos obstetras incentivando as grávidas a realizarem um check up bucal. Isso acontece devido à consciência de que a doença cárie pode ser transmitida verticalmente (de mãe para filho), e também de que focos de infecção da cavidade bucal podem induzir ao parto prematuro e, por isso, devem ser eliminados.

Deve ficar esclarecido que somente o profissional pode realizar o diagnóstico, o que torna a consulta presencial indispensável.

E, ao frequentar seu dentista duas vezes ao ano, a consulta passa a ser mais rápida, menos dispendiosa – e menos dolorosa também! Além de diminuir o medo de dentista, você pode acabar conquistando mais um amigo!

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