Os hábitos alimentares ocidentais são ricos em gorduras e conservantes de origem animal e pobres em frutas e legumes, o que tem sido apontado como responsável por doenças crônicas e cânceres. Seguir uma dieta mediterrânea pode ser um bom modo de mudar essa situação e reduzir o risco desses males.
O que é uma dieta mediterrânea?
Trata-se de um modelo de alimentação comum no sul da Europa, especialmente em parte da Grécia e no sul da Itália. Atualmente, Espanha, sul da França e Portugal também tem aderido a ele.
O que antes era uma maneira saudável e barata de comer, hoje está associada a uma dieta capaz de combater doenças cardíacas, obesidade, diabetes, transtornos de humor e outros problemas de saúde. É o que indica um estudo liderado por Ancel Keys, da Fundação Mayo.
Ele examinou as dietas e saúde de quase 13 mil homens de meia idade nos Estados Unidos, Japão, Itália, Grécia, Países Baixos, Finlândia e antiga Iugoslávia, no período após a Segunda Guerra Mundial.
O resultado? Os americanos tinham taxas mais elevadas de doença cardíaca se comparados aos de países cujas dietas tinham sido restringidas pelas privações da guerra. Foram os homens de Creta, na Grécia que detinham a melhor saúde cardiovascular.
Segundo os pesquisadores, isso em muito se deve ao trabalho físico dos moradores do local e sua pirâmide alimentar única. A dieta mediterrânea baseia-se principalmente em alimentos frescos e caseiros – ao invés de produtos industrializados.Além disso, outros elementos vitais para seu sucesso são o exercício físico diário e a partilha de refeições.
Segundo o Conselho Europeu de Informação Alimentar, dentre as características comuns do tradicional estilo de vida mediterrâneo está o alto consumo de frutas, legumes, batatas, feijões, nozes, sementes, pão e outros cereais. O azeite também é utilizado, principalmente para cozinhar quantidades moderadas de peixe.
Benefícios para a saúde
Não são poucos os estudos que comparam os riscos de doenças e as dietas das pessoas – e muitas dessas descobertas se aplicam ao regime alimentar mediterrâneo. Segundo artigo publicado na revista Food Technology, dietas à base de vegetais são capazes de reduzir ou eliminar totalmente a propensão genética de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer.
Além disso, cientistas da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, e da CIBER Fisiopatologia de la Obesidad y Nutrición, da Espanha, descobriram que os hábitos alimentares mediterrâneos podem reduzir o número de acidentes vasculares cerebrais em pessoas com essa pré-disposição genética.
Um estudo italiano publicado na revista BMJ Open constatou ainda que pessoas que aderem à dieta mediterrânea tendem a ter melhor qualidade de saúde, acrescentando que esses benefícios são mais notáveis na saúde mental do que física.
Pesquisadores da Universidade de McMaster encontraram também uma associação entre a boa saúde do coração e determinados grupos de alimentos ou padrões alimentares – muitos deles encontrados na alimentação mediterrânea. Destacam-se aqui legumes, nozes e ácidos graxos monoinsaturados. Vale experimentar.
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