A morte cerebral é a perda total e irreversível da função do cérebro. Como as demais funções vitais do organismo podem ser mantidas artificialmente por um longo período de tempo depois que ela é constatada, isso muitas vezes gera conflitos entre os familiares de um paciente. Além disso, é comumente nessas circunstâncias que ocorre a doação de órgãos.
Como acontece a morte cerebral?
A principal parte do cérebro fica dentro do crânio e está ligada à medula espinhal pelo tronco cerebral. Há diversas circunstâncias que podem afetar o funcionamento dessa função cerebral e, por isso, é preciso diferenciar a morte do cérebro de outras figuras que parecem próximas.
O estado vegetativo é quando o cérebro está bastante danificado e o paciente é capaz de ter os olhos abertos, por exemplo. Mesmo nesse caso é possível que ele não tenha consciência do que está ao seu redor.
Por outro lado, pessoas que estão em coma não estão acordadas e não têm consciência de si mesmas ou seu ambiente. Porém, esses pacientes não são considerados clinicamente mortos.
A morte encefálica ocorre quando há cessação irreversível de todas funções do cérebro, incluindo o tronco cerebral. Quando os pacientes preenchem os critérios para declará-la, são considerados legalmente mortos.
Há bastante rigor para isso. Os pacientes precisam estar em coma sem atividade no tronco cerebral ou reflexos pupilares, não respirar por conta própria e um eletroencefalograma deve registrar completa ausência de atividade cerebral. A família pode sempre pedir uma segunda opinião médica.
De acordo com um estudo feito pela Case Western Reserve University, os familiares possuem pouco conhecimento sobre o tema. Foram analisadas famílias informadas de que um membro estava com morte cerebral e apenas 28,3% delas foram capazes de fornecer uma definição correta sobre o óbito encefálico.
O que pode causar a morte do cérebro?
A morte cerebral pode ocorrer quando o sangue ou o fornecimento de oxigênio para o cérebro é interrompido. Por sua vez, essa causa é capaz de ser motivada por uma série de problemas e circunstâncias subjacentes.
A parada cardíaca faz com que o coração pare de bater e o cérebro fique privado de oxigênio. O acidente vascular cerebral e o coágulo sanguíneo também são capazes de bloquear o suprimento de sangue para o cérebro – e, consequentemente, de oxigênio.
Além disso, a morte do cérebro pode ser resultado de ferimento grave na cabeça e hemorragia cerebral. Porem resultar nela ainda infecções como encefalite – infecção cerebral viral – ou um tumor cerebral – células do cérebro se multiplicam de forma anormal e descontrolada.
Existe alguma chance de vida?
Como as máquinas de suporte mantêm a taxa de respiração e o coração da pessoa, ela pode parecer quente ao toque. Isso dá a ilusão de que ela ainda está viva. Nesses casos, é possível que membros da família criem falsas esperanças de que ela esteja apenas em coma e vá acordar com tempo ou tratamento.
Por isso, é muito importante os esclarecimentos da equipe médica. É preciso explicar que a morte encefálica é final e que a pessoa está morta sem qualquer chance de recuperar a consciência novamente. Em alguns casos, o paciente pode ser um candidato para doação de órgãos.
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