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Veja dicas para vencer a insônia

Por Redação Doutíssima 27/09/2013

Dormir pouco ou ter insônia pode ser muito mais prejudicial do que você imagina. Estudos mostram que distúrbios do sono podem afetar, e muito, a saúde cardíaca. Por isso, pensar que a privação de uma boa noite de descanso interfere somente no equilíbrio emocional ou na capacidade de raciocínio e aprendizagem é um engano.

De acordo com o médico pneumologista do Serviço de Medicina do Sono do Hospital do Coração (HCor), Pedro Genta, dormir menos que o necessário, seja por privação do sono ou por insônia, ou ainda em decorrência de apneia, pode resultar em prejuízo cardiovascular com o passar do tempo.

 

As noites mal dormidas favorecem o surgimento de doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade, o que aumenta o risco de infartos e AVCs.

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Insônia pode causa problemas de saúde, como hipertensão e diabetes. Foto: iStock, Getty Images

Insônia atrapalha processos fisiológicos

O sono, diz Genta, é um período importante para o reestabelecimento do organismo. Dormir bem ajuda, por exemplo, na produção de anticorpos contra as mais diversas doenças, fortalecendo o sistema imunológico. Por isso, reduzir o tempo em que dormimos afeta significativamente os processos fisiológicos que ocorrem durante o sono.

“Quando dormimos há um momento de repouso do nosso sistema cardiovascular, no qual tanto a frequência cardíaca, quanto a pressão arterial são reduzidas. Esse processo é muito importante para a saúde do coração. Por essa razão é que diversos estudos mostraram que a privação do sono aumenta o risco de hipertensão arterial”, comenta o pneumologista.

“Outra situação que precisa ser reparada enquanto dormimos está relacionada à regulação do apetite. A redução no tempo de sono, devido a fatores hormonais e gasto energético menor, também favorece o ganho de peso”, acrescenta.

 

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Causas da insônia

As excessivas atividades do cotidiano, estresse e preocupações acarretam em uma sobrecarga no final do dia que podem resultar em dificuldade para dormir. “É uma condição associada a diversos aspectos, a insônia pode ser consequência de muitas situações que devem ser investigadas e resolvidas”, comenta o médico.

Um dos problemas mais recorrentes e que prejudica muito a saúde é a apneia do sono. Esse distúrbio ocorre quando, durante o sono, a pessoa ronca muito alto e para de respirar. Por causa disso, muitas vezes, o indivíduo acorda subitamente e não consegue mais dormir.

Isso é muito perigoso para quem é hipertenso, por exemplo. “É claro que quem já tem complicações cardiovasculares tem mais riscos de ter problemas em função da insônia ou outros distúrbios do sono”, explica Genta.

Assim, conclui o médico, a solução é combater os hábitos que roubam o sono. Televisão no quarto, conferir o celular vendo emails, mensagens ou redes sociais na cama são ações que perturbam o sono e podem resultar em insônia.

Uma orientação bastante importante do médico é estabelecer uma rotina para dormir e levantar. O tempo de sono ideal de cada indivíduo pode variar, mas a média deve ficar entre 7 e 8 horas para adultos com mais de 20 anos.

O tratamento para distúrbios do sono, diz Genta, pode ser feito com medicamentos. Mas, acrescenta, é preciso ter muita cautela nesse sentido e a ideia inicial é que sejam feitas todas as tentativas possíveis para uma reeducação do sono antes de partir para o tratamento farmacológico.

 

 

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