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Como conversar com seu filho sobre homossexualidade

Por Redação Doutíssima 16/12/2013

 

conversa criança paisVivemos em uma sociedade marcada por padrões e preconceitos e ainda é raro que alguém escolha uma figura “ambígua” para servir de modelo para o filho, especialmente se o filho for homem. Uma das ideias mais comuns é que o comportamento homossexual pode influenciar as crianças. É um medo sem fundamento: salvo raras exceções, psicólogos são categóricos ao afirmar que a homossexualidade não é “escolha”, não é “contagiosa” e não é meramente “cultural”.

O que muita gente não entende é que falar sobre o assunto tampouco tornará o mundo mais ou menos gay, embora possa ajudar a próxima geração a ser mais tolerante – não apenas em relação à homossexualidade, mas em relação a qualquer pessoa que fuja dos estereótipos sociais “convencionais”. Mas como conversar com seu filho sobre homossexualidade?

 

O verdadeiro problema: preconceito

Infelizmente, a insistência em tratar a homossexualidade como problema mascara um problema sério e real que deve ser combatido: o preconceito. “A questão não é estimular uma orientação sexual ou outra, mas combater a violência de excluir e oprimir pessoas em nome de uma idade de ‘heteronormalidade’, sem reconhecer e respeitar a diversidade de possibilidades da experiência humana. Para muitos psicólogos especialistas no assunto, todas as mensagens deveriam servir como promoção da aceitação das diferenças, para favorecer o desenvolvimento de pessoas para o exercício pleno da cidadania. O combate que a sociedade deve travar, portanto, não é contra seus cidadãos, mas contra o preconceito que distancia pessoas e que gera sofrimento e violência.

A solução é não focar na diferença, ou seja, o ideal é criar o seu filho para compreender e respeitar as individualidades de cada um, fazendo-o entender que cada um é ser humano em primeiro lugar, independente de quaisquer diferenças.

Para isso, não basta a regra “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Pais são modelos e, como tais, devem agir sem preconceito para que os filhos cresçam sem preconceitos.

 

De quem é a função de explicar: dos pais ou da escola?

Não há uma idade ou momento certo para explicar a questão , nem uma fórmula que defina a quem cabe este papel. Mas a conversa começa em casa. Psicólogos acreditam que os pais seriam as pessoas mais indicadas para falar sobre sexualidade ou homossexualidade para os filhos, pois na sala de aula o que é falado sobre sexualidade é de uma forma geral e mais didática. Porém, ambos podem se unir para educar a criança a respeitar as diferenças.