Temos conversado bastante sobre a síndrome do respirador bucal e isso devido ser um fator que acomete muitas pessoas e que pode causar problemas muito complicados ao paciente mas tudo isso pode ser evitado com um diagnóstico precoce, preciso e um tratamento imediato. Hoje vou mostrar uma pesquisa bem completa divulgada no site do sistema de ensino projetar e que nos fala um pouco mais sobre novas perspectivas da respiração bucal no que diz respeito ao aprendizado:
“O que é a respiração bucal?
Quando a respiração é feita pela boca, total ou parcialmente, e não pelo nariz
Qual a sua causa?
Está relacionada com fatores genéticos, hábitos inadequados (chupar dedo e usar chupeta) e obstrução nasal por várias causas, como traumas, doenças inflamatórias ou alergias.
Números:
Pesquisa multidisciplinar da Ufes mostrou que 24,3% das crianças do ensino fundamental de Vitória (6 a 12 anos) são respiradores bucais.
Sintomas:
Boca sempre aberta, nariz obstruído, dor e muco na garganta, tosse seca persistente, dor de cabeça de manhã, mau hálito, sonolência diurna, irritabilidade, dificuldade para se alimentar, engolir ar em excesso ao falar ou comer, mau rendimento escolar.
Diagnóstico:
É clínico. Exames complementares avaliam o grau de obstrução do nariz para decidir o tratamento.
Tratamento:
É multidisciplinar. O médico trata a obstrução nasal, o ortodontista usa aparelhos para reposicionar os dentes e dar forma correta à face, o fonoaudiólogo ajuda na mastigação e fala, e o fisioterapeuta, na postura.
Os problemas:
– Respirar pela boca pode deformar o rosto e alterar a posição dos dentes, da língua (prejudicando fala e mastigação) e até mudar a postura. Pode evoluir para doenças cardiorrespiratória e endocrinológica
– Alimentação: é difícil respirar e comer ao mesmo tempo, por isso há preferência a comidas fáceis de mastigar e há cansaço ou irritação nas refeições. Come pouco e tem baixo peso.
– Escola: a noite maldormida diminui a concentração e atenção, prejudicando o rendimento escolar. O aprendizado da leitura e escrita, por exemplo, é mais lento.
– Autoestima: as dificuldades no desenvolvimento da comunicação mexem com a autoestima, gerando agitação e agressividade, especialmente na interação com os colegas. Tudo isso acaba gerando estresse, cansaço e ansiedade.
Dificuldade na escola, falta de atenção e problemas de memória, postura, dentição e até de interação com os colegas. Se seu filho passa por situações como essas, o problema pode estar no fato de ele respirar pela boca. A chamada síndrome do respirador bucal é mais comum e grave do que se imagina. Uma pesquisa da Ufes mostrou que 24% das crianças do ensino fundamental de Vitória, com idades entre 6 e 12 anos, são respiradores bucais. Desses, 31% têm problemas com o sono e 9% disseram ter a sensação de parar de respirar enquanto dorme. O especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e professor de Odontologia do Sono Rowdley Rossi explica que respirar pela boca altera todo o crescimento facial e traz vários problemas, inclusive de peso. “Ao mesmo tempo em que a criança tem que mastigar, ela tem que respirar. Por isso, opta por alimentos mais pastosos – para evitar a mastigação – e se alimenta menos”, conta.”
Mais um problema causado pela respiração bucal e mais um motivo para o tratamento precoce. Fique de olho nos dentes de seus familiares e consultas regulares no dentista podem ajudar a prevenir.