O esmalte dentário é uma das estruturas mais importantes do elemento dentário. Muitos pacientes já ouviram sobre ou sabem mais ou menos aonde ele fica e para que serve. Preciso que vocês entendam um pouco mais sobre o esmalte para poder não cometer alguns erros que muitos cometem e causar danos ao dente dos mais variados níveis. Sem um esmalte dentário forte e pleno de suas funções, são vários os problemas que podem ser instalados e consequências como as famosas sensibilidades.
Não é nossa intenção aqui, aprofundar muito a parte científica que envolve a formação do esmalte dentário mas sim, fazer você entender de onde ele vem, como é formado para poder entender o que faz mal ao seu dente.
Para você ter ideia da força dos seus dentes, o esmalte dentário é o mais duro dos tecidos mineralizados de todo o corpo humano. Para que isso ocorra, ele é formado por minerais em sua maior parte ou quase totalidade e o restante da sua estrutura é composto por materiais orgânicos e a água.
A formação do esmalte dentário é muito complexa mas pode ser resumida em duas fases que seriam a de secreção e a da maturação. Para que isso ocorra, existe a necessidade da ação os ameloblastos que são a alma do processo de formação do esmalte dentário. Esses ameloblastos são responsáveis por expressar um importante conjunto de genes que serão responsáveis pela codificação de proteínas responsáveis pela formação do famoso esmalte dentário.
São várias as proteínas secretadas, responsáveis pela formação da matriz do esmalte. Nesse momento que podem ocorrer os problemas pois, para cada proteína ser formada, secretada e realizar sua ação, existe uma longa cadeia de reações e em alguns casos, essas proteínas podem apresentar algum tipo de deficiência. Quando existe uma deficiência na síntese ou função de uma dessas proteínas, vai existir algum problema na formação do esmalte e para piorar, os mecanismos de ação dessas proteínas e de algumas enzimas, ainda são em parte, obscuros para a ciência.
Quando passamos para a fase de maturação, é o momento que o esmalte é finalizado no quesito mineralização. A unidade básica do esmalte é conhecida como prisma que nada mais é do que um pequeno agrupamento de hidroxiapatita que são formas cristalizadas do fosfato de cálcio.
Então, o esmalte é como se fosse uma mão cheia de areia que você aperta bem e fica como se fosse uma bola de pedrinhas duras aglomeradas só que muito mais adesivadas entre elas e muito mais duras. O importante é que se você bater ou usar produtos abrasivos ou mesmo que possam desgastar essa estrutura, o esmalte vai perdendo sua resistência e deixando passar várias substâncias para partes mais internas do dente e isso causa sérios problemas.