A diabetes gestacional afeta cerca de 7% das mulheres e geralmente aparece durante o segundo trimestre da gravidez. Ela se caracteriza pelo aumento de açúcar no sangue na gravidez.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Liverpool, no Reino Unido revelou que a diabetes pode influenciar significativamente a força das contrações uterinas nas mulheres grávidas. As mulheres que apresentam diabetes gestacional possuem contrações mais fracas do que as mulheres sem a doença, aumentando o risco de parto de cesárea de emergência.
Durante a realização dos estudos, foram estudados mais de 100 biópsias do útero de mulheres grávidas com diabetes gestacional e sem a doença. Os pesquisadores ficaram de olho nos níveis de cálcio entre as células dos músculos, um fator essencial relacionado às contrações uterinas. Para que os músculos consigam se contrair de forma eficiente, a quantidade de cálcio no útero precisa ser alta.
A descoberta dos pesquisadores foi que as mulheres com diabetes gestacional possuem essas quantidades de cálcio extremamente reduzidos. Os canais da membrana que fazem que o cálcio entre nas células são mais estreitos comparados aos outros. Com isso, elas mostraram uma redução de massa muscular. Tudo isso pode interferir para que o útero não contraia com a força necessária nas mulheres portadoras de diabetes gestacional.
As mulheres com diabetes também possuem uma pele do útero que não colabora para atingir os mesmos níveis de contrações que as mulheres saudáveis. Os pesquisadores testaram com a estimulação da ocitocina, usada em casos de dificuldades no parto.
Estes resultados sugerem a razão porque tantas mulheres com diabetes gestacional enfrentam uma cesariana de emergência na hora do parto.
Tratamento da diabetes gestacional
Muitas mulheres que acabam desenvolvendo a diabetes gestacional nunca tiveram problemas de glicemia antes da rapidez. Segundo o endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo, João Roberto de Sá, a gravidez é um estado diabetogênico. Isto acontece devido aos hormônios produzidos pela placenta que inibem a liberação e o funcionamento da insulina. Com isso o problema se instala.
O tratamento da diabetes gestacional pode ser feita através de uma dieta adequada e uma rotina de exercícios. Geralmente, esta combinação resolve o problema de boa parte das futuras mamães. Algumas mulheres podem precisar de tratamentos de insulina.
A boa notícia é que a doença tende a desaparecer após o parto entre 85% a 90% dos casos. Mas é importante ficar de olho, pois essas pacientes possuem grandes chances de desenvolver o problema no futuro, se não tomarem os cuidados preventivos.
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