A maioria das pessoas desconhece, mas distúrbios leves de sono podem causar depressão. Interromper a respiração durante o sono e bufar, ou seja, expirar com força, está associado à depressão e também estão presentes em pessoas cujos sintomas não atendem aos critérios para o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono.
Entre os pacientes com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono, a depressão costuma ser duas vezes mais comum entre os homens e mais do que cinco vezes mais comum entre as mulheres, em comparação aos indivíduos que não apresentam apneia obstrutiva do sono, atestando que mesmo distúrbios leves de sono podem causar depressão.
Pesquisadores descobriram também que indivíduos cujos parceiros relataram respiração interrompida durante o sono, além do ato de bufar, também são relativamente mais propensos a ter depressão, com a probabilidade aumentada de acordo com o aumento da frequência de sintomas.
Ao analisar como os distúrbios leves de sono podem causar depressão, chegou-se à conclusão de que homens com problemas de sono em pelo menos cinco das sete noites das emana teriam até quatro vezes mais chances de desenvolver depressão. Vale lembrar que falta de um sono de qualidade faz muitas pessoas experimentarem episódios de transtorno de humor no dia seguinte.
Como distúrbios leves de sono podem causar depressão
Partindo do princípio de que os distúrbios leves de sono podem causar depressão, é possível associar a má qualidade do sono a um vasto leque de transtornos psiquiátricos.
Pesquisas indicam que 80% dos pacientes depressivos apresentam queixas pertinentes a mudanças nos padrões do sono, o que reforça a premissa de que distúrbios leves de sono podem causar depressão. Uma das reclamações mais usuais refere-se à insônia, que ajuda a aumentar do risco de depressão no seguimento de um a três anos.
A insônia nada mais é do que o sono inadequado ou não restaurador, com consequências diurnas, incluindo irritabilidade, fadiga, déficit de concentração e de memória.
Em relação à temporalidade, tem sido preconizada que a persistência da insônia por mais de seis meses indica sua comorbidade a transtornos clínicos e psiquiátricos, podendo resultar na depressão.
Padrões de sono
Mesmo que ainda seja controverso o papel dos pesadelos, existe um consenso de que este distúrbio está frequentemente associado à depressão, principalmente em quadros graves com concepção suicida.
As alterações polissonográficas na depressão podem ser reunidas em três principais categorias, alterações da continuidade do sono, do sono de ondas lentas e do sono REM (profundo). Na primeira, há aumento da latência do sono, de despertares durante o sono e do despertar precoce, com redução da eficiência deste.
O déficit no sono de ondas lentas é caracterizado pela redução do sono de ondas lentas no primeiro período não profundo, com mudanças da sua distribuição no decorrer da noite. Estes distúrbios leves de sono podem causar depressão. Por sua vez, entre as alterações do sono REM, são destacados o aumento do primeiro período de sono REM e da densidade REM e a diminuição da latência do REM.
Essa análise ajudará a investigar a depressão, bem como, as esferas do diagnóstico, da elaboração de estratégias de tratamento e da identificação de indivíduos vulneráveis à depressão.
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