Clínica Geral

Eficácia do balão intragástrico depende da adoção de hábitos saudáveis

Por Redação Doutíssima 03/09/2014

Muitas pessoas atualmente querem emagrecer de forma fácil. No entanto, para muitas delas não é tão fácil assim. Em alguns casos, é preciso uma intervenção cirúrgica para a colocação de um balão intragástrico. O procedimento é recomendado para pessoas cujo índice de massa corporal (IMC) esteja em um número acima de 50 – o normal é até 25.

Psicologia antes do balão intragástrico

No entanto, antes de passar pela intervenção cirúrgica, é fundamental que se passe por um outro processo: o psicológico. É necessário para o paciente entender que o balão intragástrico não faz nenhum milagre e que, para que os resultados sejam percebidos, não há como não se adequar em termos alimentares e também de estilo de vida – chutando o sedentarismo, por exemplo.

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Colocação do balão oferece solução temporária para pessoas com obesidade. Foto: Shutterstock

Também é necessário a compreensão que não são todas as pessoas que podem procurar esse tipo de recurso. Como já citado, a técnica é alternativa para casos de super obesidade, pois o balão intragástrico é capaz de reduzir a capacidade do estômago pela metade e provocar a perda de apetite e a saciedade, auxiliando no emagrecimento. No entanto, cabe a um médico especialista determinar ou não o seu uso.

Balão intragástrico é tratamento temporário

Outro ponto que o paciente precisa entender previamente é de que o balão intragástrico é apenas um tratamento temporário, não podendo ser considerado a solução de todos os problemas relacionados à obesidade.

A colocação do balão serve apenas para estimular o emagrecimento e é justamente por isso que faz-se de extrema importância manter uma alimentação equilibrada e continuar o acompanhamento com especialistas mesmo após colocar o balão.

A importância da mudança de pensamento sobre a relação com a comida, bem como uma reeducação alimentar intensa é grande. Estatisticamente, em um primeiro momento, é possível perceber que 75% dos pacientes conseguem perder a meta de 10% do seu peso.

Porém, desse percentual que se consegue emagrecer, cerca de 47% das pessoas recuperam o seu peso passado um ano da retirada do balão intragástrico. Ou seja, não adianta recorrer ao procedimento se, paralelamente, os hábitos não forem alterados.

Quando se fala em retirada do balão, isso acontece porque ele é tido clinicamente como um tratamento auxiliar. O que isso significa? Que a implementação de um balão intragástrico é um procedimento temporário e e que ele permanece por cerca de seis meses no organismo da pessoa.

Quem pode recorrer à técnica

Geralmente, a técnica é adotada para pessoas que precisam de uma perda para uma determinada finalidade – como, por exemplo uma cirurgia bariátrica. O uso do balão geralmente serve como um pré-operatório, para reduzir risco anestésico, cirúrgico e clínico.

A colocação do balão não interfere nas funções metabólicas do paciente. Diferente da cirurgia bariátrica, o balão tem eficácia limitada e não provoca mudanças fisiológicas e hormonais capazes de controlar as doenças associadas à obesidade, como diabetes.

Exceções para a colocação do balão em pessoas com IMC entre 30 e 35 também podem ocorrer, desde que as mesmas tenham alguma doença relacionada à obesidade, como hipertensão, diabetes e problemas articulares.

 

 

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