Sexualidade

Conheça os sintomas da obsessão sexual

Por Redação Doutíssima 27/11/2014

Pensar em sexo diversas vezes ao dia é algo comum e natural a todas as pessoas. Muitas vezes, porém, esse limite é extrapolado e se chega a um ponto em que até a produtividade no trabalho é afetada, causando uma obsessão sexual, também conhecida como compulsão sexual. Nesta matéria, você pode conferir alguns dos sintomas mais comuns para ajudar a identificar essa patologia.

 

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Quando o desejo sexual passa do limite, caracteriza-se a obsessão. Foto: iStock, Getty Images

Quando o gosto por sexo se torna obsessão sexual

Pesquisas recentes apontam que o homem pensa em sexo, em média, 35 vezes ao dia, enquanto que nas mulheres esse número não ultrapassa 20. Uma das maiores dificuldades em relação a essa doença é justamente identificar a obsessão sexual nos pacientes, pois estes não apresentam evidência de disfunções, como a ejaculação precoce, disfunção erétil e ausência de orgasmo, por exemplo

Portadores dessa patologia apresentam elevados níveis de desejo e de fantasias sexuais. Mas a obsessão sexual não é mensurada pela quantidade de relações que uma pessoa tem por semana, e sim pela dificuldade que o indivíduo tem para se concentrar nas suas tarefas diárias.

O transtorno traz diversas dificuldades no trabalho e na vida social e familiar da pessoa. Quem sofre com a obsessão sexual também costuma masturbar-se compulsivamente ou utilizar os serviços de tele-sexo ou sites pornográficos. Além disso, outros sinais são múltiplos parceiros, pornografia, estimulação sexual frequente e dificuldade de manter um relacionamento com apenas uma pessoa.

Outro detalhe importante a ser observado é que, mesmo após a realização da fantasia, a pessoa não alcança a satisfação. Portanto, logo após o ato sexual, a fixação reinicia. Isso pode acarretar problemas como perda do autocontrole, depressão e incapacidade de adaptação psicossocial.

 

Causas e tratamento da obsessão sexual

Especialistas afirmam que uma das causas para essa disfunção pode estar ligada a alterações no equilíbrio dos neurotransmissores relacionados à atividade sexual. Pessoas com lesões nos lobos cerebrais temporais podem desenvolver a hipersexualidade. Outra hipótese afirma ser um transtorno de adaptação comportamental, onde o sexo funcionaria como uma droga capaz de diminuir sentimentos de medo, solidão e ansiedade.

A doença é pouco abordada em função da vergonha que os afetados por ela sentem, tornando o diagnóstico e tratamento ainda mais difícil. Quem suspeita ter uma obsessão sexual deve procurar um especialista na área, como psicólogo, psiquiatra ou sexólogo.

Para tratá-la, em primeiro lugar é preciso ter certeza desse diagnóstico, por isso é extremamente recomendado procurar ajuda médica. O tratamento para essa cura pode contar também com ajuda de medicamentos receitados por psiquiatras, que diminuem o desejo sexual e minimizam os sintomas.

Outra opção é um grupo de ajuda, onde a pessoa pode compartilhar sua experiência e sofrimento, além de receber apoio de quem também passa pela mesma situação.

Um estudo recente sobre a obsessão sexual foi realizado no Centro Médico da Universidade de Hamburgo-Eppendorf, na Alemanha. Pesquisadores pediram para que mil mulheres dissessem o quanto elas se masturbavam ou assistiam pornografia e quantos parceiros sexuais tinham. O estudo apontou que 3% dessas mulheres viciadas em sexo podem ser consideradas hipersexuais.

Segundo os autores, tanto homens quanto mulheres viciados em sexo têm comportamentos semelhantes, como dependência da masturbação e pornografia. Eles também ressaltaram que é um desafio identificar os indivíduos que podem necessitar de tratamento.

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