HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Esse vírus é capaz de provocar lesões de pele ou mucosa, e é a doença sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. É também a partir da contaminação de um dos mais de 200 tipos de HPV que a mulher desenvolve o câncer no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina.
A doença passa por diferentes fases antes de se transformar em câncer, e no início a mulher não sente nada. Conforme a doença avança, podem aparecer sangramento vaginal, verrugas, corrimento e dor, não necessariamente nessa ordem.
Tipos de HPV: quais os mais perigosos
Entre esses 200 tipos de HPV, pelo menos 13 são considerados oncogênicos, ou seja, capazes de desenvolver câncer. Entre esses 13, os de número 16, 18, 31, 33, 45, 58 podem provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas.
Os tipos 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais e papilomas laríngeos, não oferecem risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.
Estudos mostram que de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com um ou mais tipos de HPV ao longo da vida. Como o nosso sistema imune é capaz de combater o vírus, a maioria deles serão de infecção transitória, ainda mais se a mulher for jovem.
Quando isso não acontecer é que os sintomas como verrugas na região genital, ou condilomas acuminados, conhecidas como “crista de galo”, podem surgir na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Ao sinal de qualquer manifestação, um médico ginecologista ou urologista, no caso dos homens, deve ser consultado.
Transmissão dos tipos de HPV se dá sexualmente
A transmissão de qualquer um dos tipos de HPV se dá por contato direto com a pele contaminada pelo vírus. Os HPV genitais são transmitidos através de relação sexual sem o uso de preservativo. Há estudos que comprovam a presença de HPV na pele, laringe e esôfago.
A maneira mais eficaz de prevenção é usando camisinha em todas as relações sexuais, mantendo hábitos de vida saudável e fazendo o exame preventivo, no caso das mulheres, conhecido como Papanicolau ou pré-câncer.
O nome é sugestivo pois, se detectada a presença de alguns dos tipos de HPV cancerígeno, é possível fazer o tratamento e evitar o desenvolvimento de algum tumor. É preciso ter em mente que HPV é 100% capaz de prevenção.
Vacina contra o HPV
Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde (MS) adotou mais uma medida para prevenir as mulheres do contato com o vírus antes do início da vida sexual.
A partir de agora meninas com idade entre 11 e 13 anos passarão a ser vacinadas contra quatro tipos de HPV: os 16 e 18, considerados de alto risco, e os 6 e 11, ambos causadores de verrugas benignas na região genital. A intenção do MS, ao escolher meninas nesta faixa etária, é prevenir infecções futuras.
Esta vacina, mesmo que tenha gerado polêmica em meio a alguns setores da sociedade, é considerada eficaz na prevenção do HPV. A imunização foi desenvolvida por cientistas australianos em 2006 e já faz parte de programas de prevenção em saúde pública de mais de 50 países.
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