Clínica Geral

Tratamento da AIDS conta com novos medicamentos

Por Redação Doutíssima 13/12/2014

A medicina vem avançando consideravelmente no combate ao HIV. Novos medicamentos integram o tratamento da AIDS e atuam para manter a doença sob controle. Ainda sem perspectivas de cura, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida matou 1 milhão e meio de pessoas no mundo apenas em 2013.

A luta contra a epidemia vem sendo fortalecida cada vez com maior intensidade e as pesquisas apresentam aos soropositivos perspectiva de vida longa.

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Nova apresentação facilita conservação e distribuição de remédio. Foto: iStock, Getty Images

2 em 1 e ritanovir no tratamento da AIDS

O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV) do Brasil iniciou, em novembro desse ano, a distribuição de dois novos medicamentos para auxiliar no tratamento da AIDS. Um deles é o ritanovir (100mg) que agora tem uma fórmula termoestável.

 

Antes esse remédio já era uma eficiente substância na luta contra a doença, porém precisava de armazenamento em câmara fria, com temperaturas mínimas de 2º e máxima de 8º. A nova formulação o faz resistente a um clima de até 30ºC, o que facilita sua conservação e distribuição.

 

A expectativa é de que essa novidade provoque maior adesão ao tratamento, que terá uma logística de armazenamento melhor, além da comodidade que proporciona aos pacientes. Cerca de  60 mil pessoas serão beneficiadas com esse medicamento.

 

O 2 em 1 é o outro produto para tratamento da AIDS que faz jus ao protagonismo do Brasil no combate à doença. Esse remédio é chamado assim porque integra duas substâncias em um único comprimido: o tenofovir (300mg) e a lamivudina (300mg).

 

Assim como o ritanovir, esse medicamento tem como objetivo trazer melhorias na administração das doses e na adesão ao tratamento. O Ministério da Saúde passará a distribuir esse novo composto a partir de dezembro desse ano. A indicação do uso é para os pacientes que não tem recomendação médica para o efavirenz (600mg), que integra o 3 em 1.

3 em 1 facilita ingestão de antirretrovirais

O Rio Grande do Sul e o Amazonas, estados com maior número de soropositivos, receberam do Ministério da Saúde as primeiras doses triplas combinadas, o chamado 3 em 1, dos antirretrovirais tenofovir (300mg), lamivudina (300mg) e efavirenz (600mg).

 

Antes distribuídos separadamente, esses medicamentos poderão ser consumidos em um único comprimido, o que facilitará a durabilidade do tratamento da AIDS e maior adesão de pacientes.

Crianças beneficiadas no novo tratamento da AIDS

O sistema público de saúde também começou a distribuir recentemente o Kaletra, um medicamento que inibe a protease (enzimas relacionadas aos aminoácidos das proteínas) e é indicado para uso pediátrico no Brasil. Em um único comprimido, estarão presentes os antirretrovirais lopinavir e ritanovir.

 

Em tamanho reduzido, o comprimido terá uma fórmula chamada de baby dose (ou dose para bebês), o que facilita a ingestão por crianças. Na composição, serão colocadas 100mg de lopinavir e 25g de ritonavir. No medicamento original para adultos, as doses são de 200g de lopinavir e 50mg de ritonavir.

 

A avaliação para uso do remédio dependerá do tamanho (o metro corporal) do paciente. No Brasil, já são várias as crianças que utilizam o Kaletra no tratamento da AIDS.

 

 

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